8.12.06

Encenação Política

A política, hoje em dia, cada vez se joga mais num perigoso e manipulador jogo de encenações. O local privilegiado para essa representação é, por excelência, a televisão. Veja-se o caso deste governo que, como poucos, usa e manipula a (des)informação. Pouco importa o conteúdo da mensagem, releva-se, isso sim, uma frase que fique nos ouvidos e marque a agenda política.
Vem isto a propósito do encontro de Partidos Socialistas Europeus que se está a realizar no Porto.
Como as ideias são poucas, e já gastas, - lá veio de novo a famosa "estratégia de Lisboa"- deu-se destaque à estrela. De seu nome Ségolène Royal, candidata escolhida pelo Partido Socialista Francês para a Presidência da República. Na esteira de uma esquerda mais romântica que realista, mais idealista que pragmática, veremos se conseguirá ser eleita e, se for esse o caso, como implementará as medidas que diz preconizar. Que modelo social europeu concretizará ou, se, à semelhança do seu camarada Sócrates, faz precisamente o contrário.
E para comprovar essa retórica bafienta, apenas uma das afirmações que essa senhora fez:
"O Banco Central Europeu deve estar sujeito a decisões políticas e não caberá apenas ao senhor Trichet liderar as nossas economias."
Só um ingénuo que não saiba a independência e autonomia de que gozam os bancos centrais em todos os países europeus acreditará na bondade desta intenção...
Mas ela foi a a "estrela"!

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