20.2.07

Alberto João

Alberto João Jardim apresentou a demissão do cargo de presidente do governo regional da Madeira. Caiu-lhe toda a gente em cima. Fica bem dizer mal da pessoa. O politicamente correcto é isto. O homem irrita tudo e todos. Polémico, excêntrico, demagogo. Como outros bem mais protegidos pela comunicação social. Sejamos claros:
  • em trinta anos, não perdeu eleições;
  • o nível de vida da população da Madeira cresceu a um ritmo muitíssimo superior a qualquer outra região do país;
  • o turismo madeirense tem a qualidade e o prestígio que envergonha o que se faz, por exemplo, no Algarve.
  • desde a primeira hora, se opôs à lei das finanças regionais. Com a sua promulgação, foi consequente: pediu a demissão. Sempre são 450 milhões de euros a menos até 2014!
Aqui d' el-rei que o homem está cada vez mais louco!
Os adversários sabem que o não derrotam em eleições. Podem invocar todas as tropelias em que ele é mestre. Mas ou se aceitam as regras do jogo democrático ou inventem outro sistema que não este. Mas digam-no preto no branco. Não se escudem em desculpas esfarrapadas enquanto assobiam para o lado.
E como tenho para mim que, com todos os defeitos, o sistema político mais democrático é o que assenta na realização de eleições e na consulta popular, aceite-se o desafio.
Ou isto de eleições só é valido quando os resultados são favoráveis às nossas cores?

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7 Comments:

Blogger Conde Nado said...

Será que não se pode referendar a independência da Madeira?

20/2/07  
Blogger Vítor Amado said...

Claro que pode...como a de felgueiras, do algarve,de salvaterra de magos, etc...

21/2/07  
Anonymous Anónimo said...

Será que era democrática a situação de privilégio da Madeira em relção ao restante País, inclusive os Açores?
Se tinha maioria porque provoca eleições? Para reforçar essa maioria ou prlongar no tempo o poder ao qual está colado?
Todos os cargos deviam ser limitados no tempo.
Sabemos que a Democracia lhe confere esse poder, mas também sabemos como se pode conseguir.
Concordo com a demissão, mas não devia recandidatar-se.

21/2/07  
Blogger Vítor Amado said...

jacinto: essa do privilégio não tenho tanta certeza assim,sobretudo em relação aos açores, nos úlltimos anos. Quanto à maioria, isso é tudo relativo. Santana lopes, quando foi demitido,também tinha maioria.Mas como se adivinhava uma vitória do PS...toda a gente bateu palmas. Agora, aturamos o Sócrates. (não deduzas que estou a afirmar que Santana é(era) melhor que Sócrates.
Quem te garante que jardim vai ganhar?
Isso de os mandatos serem limitados, também concordo contigo.Mas a lei deve ter sempre um carácter abstracto, nunca feita a pensar em alguém. Seja ele Jardim ou o Presidente da República.

21/2/07  
Anonymous Anónimo said...

É claro que Jardim vai ganhar. Esta demissão é um bluff que aplaudo (eu que até antipatizo fortemente com o ilhéu...).
Trata-se de mostrar ao ditadorzeco sócrates que ainda há resistência (também)institucional às medidas autoritárias e à postura arrogante deste p"s" anti-social(ista).
Quanto aos Açores, e se os profes fossem todos para lá?

22/2/07  
Blogger Vítor Amado said...

vitorm: este governo é PS....por mais que custe...
anti~-social, é...

22/2/07  
Anonymous Anónimo said...

Onde está o p"s" hoje, Vitor?
À direita à esquerda ou ao centro?
Conheces a minha resposta...

22/2/07  

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