1.2.07

Que Grande Charada!


Texto de um gajo que não queria ir à tropa:

Exmo Sr. Ministro da Defesa

Venho deste modo explicar-lhe uma situação delicada que tem vindo a ocorrer, de maneira a poder obter um eventual apoio vindo de VossaExa.

Tenho 24 anos e fui esta semana chamado para ir à tropa. Sou casado com uma viúva de 44 anos, mãe de uma jovem de 25 anos, da qual sou padrasto. O meu pai, por seu lado, casou-se com essa jovem em questão.

Neste momento, o meu pai passou a ser o meu genro, uma vez que se casou com a minha filha.
Deste modo, a minha filha, ou chamemos-lhe enteada, passou a ser minha madrasta, uma vez que é casada com o meu pai.

A minha esposa e eu tivemos, no mês passado, um filho. Esse filho tornou-se o irmão da mulher do meu pai, portanto o cunhado do meu pai. O que faz com que seja o meu tio, uma vez que é o irmão da minha madrasta. O meu filho é, portanto, o meu tio...

A mulher do meu pai teve no Natal um rapaz, que é, ao mesmo tempo o meu irmão, uma vez que ele é filho do meu pai, mas meu neto por ser o filho da minha enteada, filha da minha esposa.

- Desta maneira sou o irmão do meu neto!

E como o marido da mãe de uma pessoa é o pai da mesma, verifiquei que sou o pai da minha esposa, e o irmão do meu filho.

Resumindo: sou o meu avô!!!

Deste modo, Sr Ministro, peço-lhe que estude pacientemente o meu caso, porque a lei não permite que o pai, o filho, e o neto sejam chamados à tropa na mesma altura. Agradecendo antecipadamente a sua atenção, mando-lhe os meu melhores cumprimentos.

3 Comments:

Blogger Conde Nado said...

Nos finais dos idos anos 70 ou logo no ínicio dos 80, a memória já se me vai varrendo, um fadista, penso eu, (mais uma vez a má memória), que de apodo António Ferreira, cantava um fado com a letra que a seguir vai.

Há dias visitei o hospital
de doidos, onde vi bastante gente,
a curar a doença, o grande mal.
Resolvi perguntar a um doente:

“Porque é que veio para aqui, meu bom amigo?”
Ele então fitou os olhos bem em mim
e respondeu: “Senhor, eu já lhe digo
porque é que eu um dia para aqui vim.

Casei com uma viúva. A minha amada
tinha uma filha grande e muito bela,
portanto passou a ser minha enteada,
mas depois o meu pai casou com ela.

Minha mulher é sogra do meu pai,
meu pai é meu enteado, ai que sarilho,
mas isto é que da ideia não me sai,
é que a minha madrasta teve um filho.

Seu filho é meu irmão, coisa horrorosa,
meu pai era meu genro, que aflição.
meu irmão era neto de minha esposa,
portanto eu era avô de meu irmão.”

Senti apertadelas no miolo
com esta baralhada toda a esmo…
O doido ia-me pondo quase tolo
por me dizer que era avô já de si mesmo!

2/2/07  
Anonymous Anónimo said...

No estado deprimente em que anda o País, sabe bem dar umas gargalhadas!!!

2/2/07  
Blogger Vítor Amado said...

Obrigado, conde-nado...não conhecia esse poema. Este texto recebi-o por mail de uns amigos e,como os tempos vão maus, sorrir(já nem digo rir...) faz bem
bom fim de semana.
P.S.São bem melhores as quadras...

2/2/07  

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