10.5.07

Timor

Após a presidência de Xanana Gusmão, talvez a figura mais emblemática de Timor-Leste, o novo país conhece hoje o seu substituto. Ainda à procura do seu caminho e a dar os primeiros passos como nação livre e independente, saúda-se a escolha de Ramos-Horta como previsível vencedor das eleições presidenciais. Diplomata experiente, conhecedor dos corredores da política, respeitado nos vários foruns internacionais, espera-se que o Presidente eleito pacifique o território e saiba aproveitar os recursos de que dispõe, sobretudo os humanos, para levar a bom porto a paz e o progresso ao sacrificado povo timorense. Há uns anos, em 1990, o grupo português Trovante compôs uma canção de homenagem aos timorenses e à persistência da sua luta. Aqui se deixa a letra e a canção.
Ai Timor
Luis Represas
Composição: João Monge/João Gil
Lavam-se os olhos, nega-se o beijo
Do labirinto escolhe-se o mar
No cais deserto fica o desejo
Da terra quente por conquistar
Nobre soldado que vens senhor
Por sobre as asas do teu dragão
Beijas os corpos no chão queimado
Nunca terás o nosso perdão
Ai Timor
Calam-se as vozes
Dos teus avós
Ai Timor
Se outros calam
Cantemos nós
Salgas de ventres que não tiveste
Ceifando os filhos que não são teus
Nobre soldado nunca sonhaste
Ver uma espada na mão de Deus
Da cruz se faz uma lança em chamas
Que sangra o céu no sol do meio dia
Do meio dos corpos a mesma lama
Leito final onde o amor nascia


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