1.7.07

A entrevista da D.Milu

A ministra da educação deu hoje uma entrevista ao Jornal de Notícias. Sem grandes novidades. Ainda bem, acrescento. Esta senhora tem tomado tantas medidas contra a escola e os professores que estamos quase sempre à espera do pior. Mas continua teimosa e arrogante nalguns pontos. Quando questionada sobre o "caso Charrua", mantém a versão oficial e alija responsabilidades, atirando a culpa para a pressão da opinião pública. Em relação à repetição dos exames de Química, nem mesmo depois da tomada de posição do Tribunal Constitucional se ouve uma palavra de arrependimento ou de dúvida. A mesma certeza a roçar a arrogância.
Questionada sobre o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano, pelo menos reconhece o papel que as escolas têm tido no desenvolvimento do processo.
  • Considera possível nesta legislatura lançar a discussão e concretizar a medida?
  • Acho, porque o sistema reagiu muito mais rapidamente do que supunhamos no início. As escolas organizaram-se e diversificaram a oferta formativa - e nesse sentido penso ser possível ainda durante esta legislatura promover a discussão e tomar a decisão sobre o 12º ano.

Já uma outra medida anunciada promete muita polémica, mas neste ponto dou-lhe o benefício da dúvida, para não dizer que lhe dou razão. Também considero necessária a realização de uma prova de ingresso na carreira. Se há muito tivesse sido feita, muitas turbulências se teriam evitado...

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Essa de concordares com a prova de ingresso...

...E porque é que não defendes provas para os restantes professores ao longo da carreira? Sei lá, uma todos os anos, ou de 2 em 2 anos. Será porque no primeiro caso já te não afecta e no 2º caso, sim? Será que as segundas provas não evitariam também turbulências?

É por nem sempre vermos o alcance das medidas que o poder toma que outras turbulências acontecem...

3/7/07  
Anonymous Anónimo said...

Se defendes provas para o ingresso, por que não também provas para a progressão?
Por que não provas de português para todos os que pretendem ingressar?
Por que não provas com matemática básica e estatística para todos os que pretendem ingressar?
Por que não provas de cultura geral para todos os que pretendem ingressar?
Por que não provas de dicção para todos os que pretendem ingressar?
Por que não provas de caligarfia para todos os que prtendem ingressar?
Viva às provas!
Provas para ingressar? Quando se abre a porta no escuro, nunca se sabe quem vem lá, e este governo tem sido perito em trabalhar na penumbra.
Não confio.

3/7/07  
Blogger Vítor Amado said...

Pois é..ou muito me engano ou o "espírito corporativista" está bem patente nos comentários anteriores. O exame de ingresso, como a criação de uma "Ordem dos Professores", são passos inevitáveis. Não são panaceia para os males da educação, mas um ponto de partida. O tempo dos "engenheiros" "advogados" e afins a leccionarem e a pensarem, sobretudo, no dia em que saltariam daquele martírio não deve repetir-se mais. E depois,sem que se deva imitar por imitar, por que razão existirão provas de acesso para exercer outras profissões? Por acaso, as mais privilegiadas na sociedade. Sendo a docência uma das actividades mais nobres, a qualidade deve, na minha opinião, passar por mais esse crivo. E não, como agora, qualquer instituição superior de vão de escada servir para formar professores.
gato escaldado: texto completamente demagógico. Depois do ingresso, a formação contínua de professores deve ser uma prioridade do ministério.

3/7/07  
Anonymous Anónimo said...

VA, poderás indicar alguns países nos quais a criação de uma ordem ou um exame de ingresso sejam reais e fonte de sucesso do sistema educativo?
Ordem? Jamais subscreverei uma estrutura desse tipo.

3/7/07  

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