28.2.08

A agonia do PSD





No quadro político português, os dois partidos do poder são, indiscutivelmente, o PS e o PSD, com ou sem coligação. A pouco mais de um ano das eleições legislativas, muitos se interrogam sobre a sistemática manutenção do PS no primeiro lugar das intenções de voto. Apesar da política seguida pelo executivo de Sócrates, gerando descontentamento em muito eleitorado e afrontando muitos grupos e classes sociais, nunca o PSD se constituiu, aos olhos da opinião pública, como alternativa de poder.
Factores vários contribuem para que tal suceda. Um deles tem a ver com a liderança do próprio partido. Desde o último congresso social-democrata há uma bicefalia no PSD. A figura de Menezes é, frequentemente, ofuscada pela presença de Santana Lopes. Este consegue protagonismo na Assembleia da República, onde é líder parlamentar, afrontando o primeiro-ministro nos debates parlamentares e tomando iniciativas que tiram visibilidade a Menezes. Confinado a Gaia, onde se mantém como presidente da câmara, Menezes parte em desvantagem em relação a Santana Lopes, alvo mais apetecível para uma comunicação social à procura de sound-bytes.
Mas o mais grave ainda é o deserto de ideias que vem do lado social-democrata. O português comum não conhece uma única ideia que seja alternativa a Sócrates. Por exemplo, em relação à educação. Vivendo-se um período conturbado nas Escolas, não se sabe o que preconiza o PSD neste domínio. Que tem o partido a dizer do novo sistema de gestão das escolas? Que alternativa para este modelo de avaliação de professores? Zero...zero...zero...
Uma alternativa consubstancia-se na crítica ao que está errado, mas, sobretudo,na credibilidade do que se propõe. Nada disto se faz. Fazendo uma oposição casuística e, muitas vezes, contraditória (veja-se o referendo ao tratado europeu ou o pacto de justiça, bandeiras de Marques Mendes), o PSD de Menezes e de um grupelho de seguidores sem competência, caminha para uma das maiores derrotas eleitorais.
Que saibam aprender com os erros e retirar daí as devidas consequências.

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5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"No quadro político português, os dois partidos do poder são, indiscutivelmente, o PS e o PSD, com ou sem coligação".

Ó VA, o que é que quer dizer "indiscutivelmente"?

28/2/08  
Blogger osátiro said...

Talvez que os outros partidos não passam dos 10-12%...

28/2/08  
Anonymous Anónimo said...

Ou talvez q esteja a precisar de um dicionário... Há alguns na internet, basta procurar.

28/2/08  
Anonymous Anónimo said...

a precisar de um dicionário, eu?! nã, nã! nã preciso. tenho em casa qb. tantos qb (em papel ou digitais) que insisto: o que é que quer dizer "indiscutivelmente"?

28/2/08  
Anonymous Anónimo said...

Para abreviar (e pq me parece q deve gostar de abreviar, pois se tem dicionários procure lá o seignificado, n custa nada é só abrir na págima certa e na entrada certa): sem hipótese de discussão, que não é discutível.
Se n ficar contente, procure no dicionário ou faça a pergunta por escrito à academia de ciências ou à faculdade de letras de uma qualquer universidade...

29/2/08  

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