26.3.08

Ainda a frase de Churchill

A frase deste post provocou vários reacções, mas um texto colocado na caixa de comentários merece-me uma reflexão. Embora pertencendo a um homem reconhecido por vários quadrantes políticos, a frase vale o que vale. Pode, portanto, ser contestada. Não se pode é responder a um "chavão" com outros de valor similar. Evidentemente que Churchill ao proferir essa frase, e ao referir-se ao socialismo, estava a pensar na ex-URSS e nos países satélites. E é hoje um dado adquirido que as teorias marxistas-leninistas foram um enorme embuste na sua concretização. Quem é tão acérrimo defensor de tais teorias pseudo-científicas que me indique um país onde se gerou uma sociedade mais livre, desenvolvida e justa baseada nessas teorias políticas. Servirá de exemplo Cuba, Angola, China, Zimbawue, Coreia do Norte e todos os antigos chamados "países socialistas"? E já lá vão cem anos...Já tiveram tempo de aprender e corrigir os erros. É fácil afirmar que essas teorias são as melhores, mas -azar dos azares !!!- foram sempre deturpadas e descaracterizadas por gente desqualificada. As sociedades mais progressistas não precisaram de Marx, muito menos de Lenine, para se afirmarem. E quanto mais desenvolvidas são, menos precisam de ler por essas cartilhas. Basta ver a força eleitoral dos partidos comunistas em países como a Suécia, Noruega, Dinamarca, Alemanha, França, Áustria, Finlândia, Canadá, Japão...Chegam estes exemplos?

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11 Comments:

Blogger O Árabe said...

Triste verdade: por melhores que sejam as teorias, sempre conseguimos deturpá-las...

26/3/08  
Blogger Letícia Losekann Coelho said...

Falste tudo no teu post! E digo, todas as teorias, qualquer uma no papel são fantásticas...O problema é quando são colocadas em prática!
beijos

26/3/08  
Blogger Xisko the kid said...

Todos os sistemas são ilusórios...
O que se está a passar hoje em dia, em Portugal, e na Europa foi decidido na reunião do Grupo Bidelberg na Penha Longa.

26/3/08  
Anonymous Anónimo said...

O problema é que "no papel" nem todas são fantásticas.

"No papel", o nazismo é execrável.

"No papel", o capitalismo é injusto (baseia-se na mais-valia e a mais valia é inevitavelmente injusta, também "no papel". E a mais-valia não é nenhum chavão).

Qual é a injustiça de que o socialismo sofre "no papel"? O seu princípio básico "a cada um segundo as suas necessidades, de cada um segundo as suas possibilidades"? E isto não são chavões...

Também são chavões os 800 milhões de pessoas desnutridas; as 11 mil crianças que morrem de fome diariamente; as crianças que apresentam atraso no crescimento físico e intelectual; 1,3 bilião de pessoas que não dispõe de água potável; uma pessoa em cada sete que padece fome? Tudo isto são chavões? ou serão habitantes de países socialistas?

Ou será que já não sei o que é um chavão?

26/3/08  
Blogger Ângela said...

Nesse caso, posso ajudá-lo:
"Chavão - s. m., chave grande; forma, molde ou marca para bolos ou outros fins; modelo; padrão; tipo;
- fam., autor ou obra que tem grande autoridade; fórmula ou estribilho já muito repetido ao falar ou escrever."
fonte: www.priberam.pt

O dicionário é sempre um bom amigo.

26/3/08  
Blogger Vítor Amado said...

Toino do campo: desses 800 milhões, conta as que vivem em regimes ditos "socialistas".Podes começar por Angola...Zimbawue...
abraço

26/3/08  
Anonymous Anónimo said...

Ó VA,

mas nós estamos a falar dos "ditos 'socialistas'" ou do socialismo?

Quais são as características do "regime" angolano que fazem dele socialista? o facto de os governantes (que, ao que tudo indica, são tudo menos aconselháveis, pelo menos o governante-mor) se dizerem socialistas? mas também o partido que nos desgoverna por cá diz que é socialista -- e por isso é-o? o que faz com que algo seja é o facto de alguém dizer que é?

O Zimbabwe, socialista?! em quê, VA?

26/3/08  
Blogger osátiro said...

Ângela, a tua ajuda é sempre bem vinda...

27/3/08  
Blogger osátiro said...

Toino: então o Zimbabwé não fez ocupação de terras dos brancos, entregues aos negros?
E não nacionalizou as empresas dos brancos?
Supostamente "apropriação colectiva dos meios de produção", tema caro do marxismo.
Ah,claro, é socialista na inflação:
8.000% em 2007; previsão de 100.000% em 2008.

27/3/08  
Blogger Ângela said...

O problema começa quando as pessoas acham que a morte é, ela própria, um chavão.
E, lá vou eu embarcar nesta espiral sem fim de chavões e silogismos, ninguém liga a um chavão... O que é repetido vezes sem fim perde a força, perde importância, dilui-se no tempo.
Logo, a morte de uma pessoa ou a morte de 10, ou de 10.000 acabam por se tornar no mesmo...
E isso é que é triste. Se cada um de nós se indignasse verdadeiramente, activamente, talvez a morte de uma só pessoa passasse a ser importante e evitável. E não apenas importante para alimentar o chavão...
Mas, no meio de tanta iluminadura que há por aí, quem sou eu para pensar seja lá no que for...

27/3/08  
Anonymous Anónimo said...

a teoria em si foi aplicada:

exterminar raças e classes, tomar dos outros, manter uma ditadura, proibir a liberdade política, jogar todos na miséria e no terror para domina-los, concentrar o poder no Estado. Só ingenuos creem que a coisa foi deturpada. Estudem marx lenin e trotsky.

26/3/11  

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