10.9.08

TWIN TOWERS Ataques às Torres Gémeas (II)

Aproxima-se o dia 11 de Setembro; e com ele, aviva-se o 11 de Setembro de 2001 em que se verificou um dos actos da barbárie contra a civilização.
Barbárie, porque foram usados civis inocentes, indefesos como bombas contra civis inocentes e indefesos num cenário civil que nada tinha de guerra.
Imaginemos cada um de nós a embarcar num avião com total confiança e acabar numa bola de fogo, sem termos nada a ver com a guerra, qualquer que seja o nome (jihad).
Barbárie, porque é um totalitarismo ideológico, com leis tão arcaicas que nem na Pré-História as havia, contra a civilização da tolerância, do multiculturalismo, das liberdades, dos Direitos Humanos.
Nesse dia, a Al Qaeda iniciou com actos uma guerra ideológica pensada vários anos antes.
Em 1993, uns camiões cheios de explosivos colocados nas caves das Torres Gémeas mataram dezenas de pessoas, mas não fizeram danos nas torres.
A Al Qaeda tinha uma obsessão doentia pelas Twin Towers: derrubá-las seria um sinal de luta contra o poderio USA e o Mundo Ocidental.
No meu entender, um erro de palmatória (para a estratégia da Al Qaeda): as Torres têm significado, mas não são (eram) um alvo que diminuísse os USA, como seriam instalações militares sofisticadas ou fábricas especialmente importantes, por exemplo, em termos de energia. Mas o narcisismo de ver todas as TVs a transmitir o espectáculo foi superior às vantagens de golpes mais profundos no poderio USA. Problema deles!

Em Agosto de 1996, o jornal "Al Quds Al Arabi" de Londres, de língua islâmica, que tem servido para a propaganda da Al Qaeda, publicou uma mensagen de Ossama bin Laden que constitui um verdadeiro programa de acção para a conquista do Mundo; traduzido por uma "Comissão para a Defesa dos Direitos Legítimos", afecta a bin Laden, para inglês, foi assim posta a circular na net em Outubro do mesmo ano.
Aí, Ossama dá conta das suas viagens desde que fora expulso da Arábia Saudita (que lhe retirou a nacionalidade), Paquistão-donde foi também expulso-; Sudão- que ofereceu a sua extradição a Clinton em 1996 que a não aceitou, num sinal de incúria, desleixo e incompetência da sua Administração-; e Afeganistão, onde se sentia em casa junto dos talibãs nas "altas montanhas do Hindukush em Khorasan, onde- pela graça de Alá- a maior força militar infiel do Mundo foi destruída" (tradução sic); refere-se como é óbvio, à derrota da URSS no Afeganistão, cuja invasão que foi o motor do renascimento do terrorismo e extremismo islâmico no Mundo, facto normalmente censurado por "especialistas", mas que está escrito desta maneira pelo próprio bin Laden.
Que continua: " E o mito da superpotência definhou perante os brados dos " mujahidin": Allahu Akbar (Alá é Grande). Hoje trabalhamos a partir das mesmas montanhas para remover a iniquidade que foi imposta sobre a "Ummah" pela aliança entre sionistas e cruzados, particularmente depois de terem ocupado a terra em redor de Jerusalém, rota da jornada do profeta... Rogamos a Alá que nos conceda a vitória.
A partir daqui iniciamos hoje o nosso trabalho..."
E mais à frente: "Rápidos esforços foram feitos para conter e corrigir a situação. Todos concordam que o país (Arábia Saudita) se encaminha para uma grande catástrofe, cuja profundidade só Alá conhece.Mas a competição entre príncipes influentes por ganhos e interesses pessoais destruíu o país. O regime perdeu a sua legitimidade:
-suspendeu a lei islâmica da sharia e substituíu-a pela lei civil."
Repete inúmeras vezes: "Não existe poder nem se adquire poder a não ser através de Alá"
E enaltece:" A nação que deseja a morte mais do que vocês ( "infiéis") desejam a vida" (Corão 3: 169-171).
E muitas mais citações se podiam transcrever.
Daqui se conclui como se formou o grupo base (Al Qaeda), localização, apoios, que meios ideológicos utilizou com intuito de provocar uma catástrofe , que por sua vez iria provocar uma reacção dos USA e um levantamento islâmico.
Até agora, o plano da "Al Qaeda" não obteve grande sucesso; mas está longe de se considerar totalmente destruído.
Voltaremos amanhã com mais estudos sobre a ideologia do terror islâmico.

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