30.9.17

ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2017

Dia 01 de outubro realizam-se as eleições autárquicas de 2017. As previsões são fáceis de elaborar: vitória esmagadora do PS, derrota esmagadora do PSD, manutenção do PCP (CDU), do CDS e do BE, neste caso, como insignificante.
A derrota do PSD não vai ser tão catastrófica como em 2013; nesse ano, para além de sofrer o ódio da população por causa da troika, cometeram-se erros gravíssimos, em especial por Miguel Relvas, quer na gestão das candidaturas e campanhas, quer essencialmente como ministro com a tutela das autarquias.
Neste ano, (2017) o PSD tinha obrigação de obter melhores resultados: vai subir, mas pouco, ou seja, o PS não terá, muito provavelmente, a presidência das 140 Câmaras que conquistou em 2013. Não estando a sofrer os efeitos do "memorando" que tirou Portugal da bancarrota, era natural (e dever) que o PSD subisse mais.
Os erros políticos da era Pedro Passos Coelho (PPC) são muitos, graves, incompreensíveis. Começaram em 2011, quando não revelou a VERDADE ao Povo sobre a bancarrota socialista- socrática: milhões de portugueses, intoxicados pelos embustes da esquerda e extrema esquerda, e aliados nos media, viviam mergulhados no ódio de que a troika veio a Portugal para roubar aos "pobres" a dar aos "ricos"; ainda hoje se encontram estas "alucinações" nas redes sociais. Sobre a bancarrota (e nem falo na corrupção), nada!
Em 2017, a direção PPC voltou a cometer erros crassos, que começaram na ausência de oposição ao governo, no dar a cara por casos estúpidos (livro de Saraiva; tentativa do PS silenciar Sócrates, etc), utilização de discurso abstrato, redondo, frases alegóricas, extensas, tipo Sampaio, que nada dizem ao povo dos metro, carris, CP; somando erros da estratégia eleitoral: escolha de péssima candidata em Lisboa, super péssima campanha, vazia, sem ideias nem projetos. Desconhecendo totalmente esta candidata, ela tem razão: na resposta à 3ª pergunta fez uma síntese notável de programa eleitoral. Candidato no Porto com discurso violento, ríspido, sem projetos. E mais erros em Municípios relevantes: Gaia, Sintra ( os milhões de Horta), Oeiras... O tão caluniado (des)Ventura, em Loures, vai ser, obviamente, uma surpresa positiva. Talvez nos municípios mais pequenos, o PSD consiga minimizar a derrota esmagadora devido à social democracia profunda de Francisco Sá Carneiro que ainda resiste.
O PS só teve que gerir sem alaridos nem escândalos a vitória de 2013. Medina foi/é o pior Presidente da História de Lisboa pós 25 de abril (pelo menos); no Porto a perspetiva de ganhar apareceu, ironicamente, com o escândalo Moreira/Pizarro.
O PCP tem a preocupação essencial de "controlar" Câmaras com dimensão que lhe permita dar emprego aos militantes...e obter receitas. E vai manter.
CDS ressurgiu em 2013, e talvez se aguente.
O BE não existe.
Sem dúvida o PS teve a sorte ( que era difícil imaginar..) de lhe cair nos braços uma excelente situação económica; também isso contribui para o bom resultado.
O PSD vai entrar em ebulição e guerras fratricidas; vão aparecer alguns candidatos a suceder a PPC. Apesar dos muitos erros, creio que vai continuar, o que significa governo PS, com ou sem geringonça, por vários anos.
Exceto...pois  exceto....se a selvajaria islâmica se lembrar de Portugal.
Como se viu em Tancos, descontrolo no aeroporto de Lisboa, descoordenação total no combate aos incêndios....a tragédia será enorme.

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