6.10.10

A República: A Verdade Sobre a Mentira

1-Agora que já decorreram as comemorações do centenário da implantação da República, chegou a hora de tecer alguns comentários.
Desde logo, a generalidade da classe política e da comunicação social quase só encontra qualidades nos dezasseis anos da 1ª República; falam em democracia, mais liberdades; direitos das mulheres; laicidade, etc...
Ora muito pouco disto é verdade.
A Monarquia Constitucional era um regime democrático que inclusivé admitia como perfeitamente legal o Partido Republicano.
A Câmara Municipal de Lisboa, por exemplo, tinha sido ganha nas eleições de 1908 pelos Republicanos, juntamente com mais 15 Municípios.
E os Monárquicos não colocaram qualquer entrave à sua governação.
Elegiam, também, deputados às Cortes.
Então, qual a necessidade de um golpe revolucionário pelos republicanos?
Porque não aceitavam a vontade popular expressa em eleições?
Quando o povo lhes desse a maioria, pura e simplesmente implantavam a República através de Revisão Constitucional!
Evitavam-se os mortos da Revolução.
Mas optaram pelo golpe armado violento com consequências desastrosas para os mortos e suas famílias.
Foi assim também com a implantação do Liberalismo.
Foi assim também com o 25 de Abril; o 11 de Março; o 25 de Novembro.
Dir-se-á que a esquerda Histórica só actua com violência, com os golpes militares, sob a capa de que a Revolução (os seus ideais???) só avançam com golpes violentos.
Isto está no âmago das "ideias" revolucionárias em Portugal. Lembre-se que as tropas Napoleónicas que invadiram Portugal eram compostas por alguns (milhares?) de "portugueses" que desejavam impôr os ideais da Revolução Francesa.
Alguns foram enforcados anos mais tarde no Campo de Santana em Lisboa...Que os vencedores do Liberalismo passaram a chamar "Campo dos Mártires da Pátria"!!!
Supremo desprezo pela Pátria, sem dúvida.
2-Quanto à péssima governação Republicana, muito se tentou esconder.
Na verdade, esses dezasseis anos correspondem a um dos períodos mais negros (senão o maior) da História de Portugal.
Hiperinflação; descida brutal do nível de vida; emigração maciça, em especial para o Brasil; endividamento extremo do Estado; descrédito financeiro total; colonialismo, que levou o país à 1ª Grande Guerra, etc...
Tudo isto levou alguns Republicanos a defender uma Ditadura para resolver o problema da iminente bancarrota e da instabilidade política.
E muitos colaboraram no Golpe de 28 de Maio de 1926!
3- Depois, vem a estafada "laicidade".
É preciso saber História!
O Liberalismo já afastara a Igreja Católica dos assuntos do Governo.
Em 1834 deu-se a primeira grande perseguição à Igreja, protagonizada por Joaquim António de Aguiar, que por isso ficou conhecido como o "mata-frades", com expulsão de ordens religiosas e ocupação/roubo de muitos bens da Igreja.
O Mosteiro/Palácio de S.Bento/Assembleia da Repúblia é um exemplo vivo que só espíritos doentios podem negar.
Como ele, há milhares em todo o País...
O que a República fez não foi nenhuma laicidade no sentido em que hoje falamos: foi perseguição aos Católicos, muitas vezes cruel e criminosa, liderada por Afonso Costa.
Não demonstraram qualquer convivência, ou capacidade de diálogo, ou aceitação de ideias diferentes.
4- Mas as Revoluções devoram os seus filhos, costuma-se dizer.
E os Republicanos, violentos e assassinos, com permanentes polícias políticas nas ruas a prender cidadãos incautos, e inocentes, também se mataram a eles próprios.
Machado dos Santos, o Herói da Rotunda, aquele que não desistiu mesmo com o suicídio do Almirante Cândido dos Reis, foi assassinado por camaradas em 19 de Outubro de 1921, juntamente com António Granjo então Primeiro-Ministro, na denominada "Noite Sangrenta".
A República, violenta e sectária, e totalitária e retrógrada, esvaíu-se em sangue...

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