A recusa
Os ditadores são assim. Todos. Têm medo. Vivem enclausurados nos seus palácios, rodeados de servos obedientes. Não têm alma, nem sentimentos. Perante a catástrofe, mesmo que natural, tentam esconder a fragilidade do seu poder. Detestam expor-se. O que se está a passar em Myanmar é impensável. Já não bastava a morte de mais de cem mil pessoas, vítimas do ciclone, outros milhares encontram-se em situação precária, famintos e expostos às mais variadas doenças. Organizações internacionais não governamentais tentam chegar aos que não têm voz. Em vão. Os senhores do poder são implacáveis. Proibem a sua entrada. Fernando Nobre, médico da Assistência Médica Internacional (AMI), com larga experiência na ajuda humanitária, é claro na sua denúncia: é a primeira vez que recusam a sua ajuda. Segundo ele, o único meio de encaminhar esse apoio talvez seja através dos representantes da Igreja Católica.
Pode ler mais desenvolvimentos aqui.
4 Comments:
Bem observado, amigo: em pleno séc. XXI, os ditadores continuama fazer atuais as palavras de Maquiavel. Triste Mundo!
Concordo plenamente consigo. Pena é que as pessoas que correram para a rua a protestar contra a repressão no Tibete, não o façam agora em relação a Myanmar. São milhares de vidas que correm o risco de ser ceifadas,vítimas de um ditador.
A mim, parece-me que é bem pior do que Saddam, mas parece que Bush não partilha da mesma opinião
Fernando NObre é uma voz autorizada e incontestável.
Se ele o diz...
Não concordo com o Carlos em relação ao Bush.
Saddam tb matou milhares( principalmente os curdos que envenenou com armas químicas).
Acontece que se criou uma onda de rejeição mundial--incluindo insultos que esgotam dicionários- do Bush por invadir o Iraque que dificilmente os EUA se iriam meter noutra...
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