PUTIN
A invasão da Geórgia merece ser convenientemente analisada, agora que as primeiras reacções se esbateram e o clima está mais propício à frieza que se exige nestes casos.
"Uma nulidade (Putin) que se encontra com a grandeza (Soljenitsin) para obter valor"
Para começar, não parece que a minúscula Geórgia possa ser considerada prova de fogo do "regresso" de Moscovo a superpotência; o que aconteceu é que os novos senhores do Kremlin ficaram estupefactos com as receitas astronómicas do petróleo e gás, e a possibilidade sempre presente de chantagear a Europa, e viraram-se para as armas em vez de procurarem dar um nível de vida moderno ao seu povo.
Erro crasso, que pode ser fatal, como foi no tempo da URSS!A manifestação de um milhão de pessoas em Tbilissi contra a Rússia, a preocupação sentida nos Países Bálticos, Ucrânia e Polónia, o silêncio dos sectores pró-Russos na Ucrânia e na Bielorrússia, a falta de apoio dos "aliados" de Moscovo na O.C.X. são sinais bem visíveis do tremendo disparate para os interesses Russos levado a cabo pelo Kremlin.
Os apoios que se lêem em Portugal só comprovam que surgem de sectores que nunca aceitaram a liberdade e soberania dos povos, que estão, politicamente, uns séculos atrasados. Felizmente, o centro da União Europeia é cada vez mais influenciado, em termos políticos, económicos e demográficos, pelos países que se libertaram da barbárie soviética.
Os novos senhores do Kremlin não têm aura de Estadistas, por mais que o queiram dar a entender.
Vale a pena recordar aqui o que Alexander Podrabinek, figura de carácter na luta contra os carrascos soviéticos,-muito pouco conhecido em Portugal, culturalmente controlado pelo arcaísmo marxista- disse sobre a visita que Vladimir Putin fez a Soljenitsin nos últimos anos da vida do grande resistente:
"Uma nulidade (Putin) que se encontra com a grandeza (Soljenitsin) para obter valor"
4 Comments:
Sátiro: agradeço o retomar da colaboração.
E como reage a europa no meio disso tudo? Vale a pena pensar no assunto nessa perspectiva...
Carlos, perspectiva interessante, sem dúvida. Para já, a reunião da UE "chamou a atenção" da Rússia, posição que me parece demasiado branda.Medo da chantagem energética? Talvez...
Saudade amigo!
Seja bem vindo!!!!!!
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