Aquilino Ribeiro
Decorreram durante a manhã do dia de hoje, com pompa e circunstância, as cerimónias de trasladação dos restos mortais do escritor Aquilino Ribeiro para o Panteão Nacional. Para além da polémica que envolve algumas franjas dos defensores da monarquia, que acusam o escritor de ter participado no assassínio do rei D. Carlos, julgo que esta decisão da Assembleia da República era desnecessária e classifico-a, até, de algum oportunismo político. Efectivamente, sendo um nome grande da literatura portuguesa, não se percebe por que razão um Vergílio Ferreira, Camões, Torga, Pessoa e outros não o precederam nesta suposta honraria. Recorde-se que apenas outros três escritores se encontram no Panteão, a saber, João de Deus, Guerra Junqueiro e Almeida Garrett.
Ao menos, não se esqueçam de lhe colocar na lápide a frase que ele desejaria como epitáfio:
"Mais não pude."
Etiquetas: Aquilino Ribeiro, Cultura
3 Comments:
Ó VA,
folgo por te ver (mais) próximo da verdade-verdadinha.
Em tempos escreveste: "(...)uma petição corre pela net para impedir que os restos mortais do insigne escritor sejam trasladados para o Panteão Nacional. E um dos subscritores é professor de filosofia. O que me consola é que há outros colegas que pensam o contrário". Agora estás melhor. E, repito, folgo com isso. Um dia destes inda hás-de ser c'muna.
Abraço.
Ó VA,
assim, sim; diria mesmo mais, assim, ressim.
O oportunismo espreita e, mesmo que tarde, eis a codícia que há em ti.Um dia destes inda hás-de ser c'muna.
Abraço.
Toino e Tim:
Os vossos comentários tentam evidenciar uma contradição com o que dissera e com o que disse agora. Mas as frases tiradas do contexto são assassinas. Os motivos que me levaram, em tempos, a tecer o comentário, não têm rigorosamente nada a ver com este meu último post.
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