O farsante Chavez
Muitos dos defensores de Chavez invocam o facto de este ter sido eleito e, portanto, ter legitimidade democrática. Certo. Também eu já trouxe a este propósito o exemplo de Hitler que fez dos votos aquilo que quis, quando quis. Leia-se, por isso, a crónica de João Miranda no DN de hoje. Deixa-se aqui um excerto.
- "Hugo Chávez controla neste momento a presidência da Venezuela, a Assembleia Nacional, o Supremo Tribunal, o exército, a administração pública, parte dos sindicatos, parte da comunicação social, a comissão eleitoral e o petróleo. Conseguiu este controlo quase total sobre o país através da criação de instituições paralelas às instituições legítimas e da manipulação engenhosa dos processos democráticos. Para contornar a oposição da Assembleia Nacional, convocou (em 1999) um referendo que lhe permitiu instituir uma nova Assembleia Constituinte e dissolver a antiga Assembleia Nacional. Alargou o número de membros do Supremo Tribunal e infiltrou-o com juízes da sua confiança. Assumiu o controlo do petróleo venezuelano e utilizou as receitas para criar serviços públicos paralelos (as misiones) dominados pelos seus partidários. Convocou um referendo que lhe deu mais poder sobre os sindicatos e criou um sindicato paralelo constituído por sindicalistas da sua confiança. Recusou-se a renovar a licença de uma televisão que lhe era hostil e criou para si próprio um programa diário de propaganda na televisão pública. Está a criar um exército paralelo com base nas suas milícias privadas. Está a governar por decreto desde Janeiro, porque a Assembleia Nacional, constituída exclusivamente por chavistas, atribuiu-lhe uma autorização legislativa praticamente ilimitada."
Etiquetas: Chavez, fantoche, internacional
1 Comments:
uma instituição onde se infiltram "juízes da confiança"? conheço um país democrático onde assim é também (com a diferença de que aqui esse processo é mesmo democrático).
"serviços públicos dominados pelos seus partidários"? conheço um país democrático onde assim é também (com a diferença de que aqui esse processo é mesmo democrático).
"criou um sindicato paralelo com sindicalistas da sua confiança"? conheço um país democrático onde se fez mais: em vez de um sindicato criaram-se muitos e até uma acentral chamdada UGT (com a diferença de que aqui esse processo é mesmo democrático).
Controlo das televisões?! Referendos ou recusa de referendos?! bah! isso aqui é tudo mesmo democrático.
(Só tenho pena de que, neste tal país, não haja um governo que controle o petróleo ou qualquer coisa do género para fazer o que esse tal ditador fez: alguns venezuelanos viram o médico pela primeira vez graças ao petróleo que deixou de sair descontroladamente. A isso Marcelo Rebelo de Sousa e outro Sousa, o Tavares, chamaram populismo. Quem me dera ter um governo ou um presidente da república assim populista).
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