Prémio Nacional de Professores

Decorreu, ontem, a cerimónia de entrega do prémio nacional de professor, concurso da iniciativa do ministério da educação. O vencedor foi um colega que lecciona Matemática, numa escola secundária de Aveiro, num universo de 35 docentes que se candidataram. De seu nome, Arsélio Almeida Martins. Não quero colocar em dúvida a justiça do galadão, muito menos a competência do colega em causa. Merecedor de reflexão é o número de candidatos. Bem sei que o ministério não estará muito preocupado com isso, mas não deixa de ser significativo o desinteresse que tal iniciativa provocou na classe docente. Na cerimónia de entrega do prémio, Daniel Sampaio, presidente do júri, proferiu algumas palavras que devem ser entendidas, tanto pelo ministério como pelas escolas.

Lamentou o
"mal-estar significativo entre docentes e o Governo".

Acrescentou ainda:

"As escolas reclamam autonomia mas não cessam de esperar pelo ME. Se o ministério quer autonomia então porque legisla tanto?"
Presentes na cerimónia, tanto o primeiro-ministro como a ministra da educação recusaram-se a comentar estas afirmações. Apenas o ajudante, Valter Lemos o fez. E eu não comento afirmações de ajudantes.