30.1.07

Aborto (VI)

Era minha intenção não voltar a fazer qualquer postagem da minha autoria em relação ao tema. Como tem havido bastantes reacções ao que tenho vindo a escrever, decidi fazer um último (espero...) texto.
Agradeço os comentários, sejam a favor da posição que defendo no referendo, sejam comentários de quem defende o SIM. É evidente que eu, ao tomar posição pelo NÃO, tomo-a por convicção. Mesmo que pessoas minhas amigas - sei que o são - me tentem convencer do contrário.
  • sou pelo NÃO porque acredito na vida e no ser vivo humano que se desenvolve em contínuo desde a concepção, considerando(posso vir a enganar-me...) que a aprovação do SIM levará pura e simplesmente à liberalização total do aborto. Baseado em princípios morais e éticos em que acredito, acho que não é esse o caminho.

  • Sou contra a perseguição, julgamento e prisão de mulheres que, conscientemente, tomem a decisão de interromper a gravidez.Não há aqui nenhuma contradição da minha parte. Houve e há propostas de alteração do Código Penal que compatibilizam estas minhas ideias. É só as pessoas quererem informar-se. Como não tenho qualquer tipo de formação jurídica,referi e remeti, em textos anteriores, para a possibilidade dessas alterações.

  • Não desfiro ataques pessoas, não tenho a presunção de ver a minha posição como a "mais certa", " a mais correcta", "a única que acabará com todas as situações dramáticas" que se vivem.Todos nós fazemos opções na vida. Muitas vezes erramos, outras vezes temos a humildade de aceitar que erramos. Num tema tão delicado, espero sinceramente que, caso vença o SIM, ou caso vença o NÃO, se dê um passo em frente na humanização e defesa de valores neste mundo tão materialista e egoísta.

Ponto final.

Abraço para todos.

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2 Comments:

Blogger Amenophis said...

Em relação aos 3 parágrafos justificativos quero contrapor.
A justificação colocada no primeiro, levará também à recusa da utilização da pilula do dia seguinte, como método contraceptivo de emergência, pois esta pode, dependendo das situações, actuar já após a fecundação.
O segundo parágrafo caso houvesse concretização do lá exposto levaria a que uma mulher não fosse condenada, mas teria que abortar em "vão de escada" ou em Espanha.
Não diminuiria em nada os abortos e manteria o problema de saúde pública
Quanto ao terceiro parágrafo, subscrevo, com excepção da parte final: Espero que ganhe o sim.
Continuação de uma boa noite.

30/1/07  
Anonymous Anónimo said...

tenho pena de não ler mais posts como este... também não quero o aborto livre. é uma vergonha!

saudações cordiais.

31/1/07  

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