O calendário escolar
Em Portugal, muitas vezes, releva-se o acessório em detrimento do essencial. Somos um povo que dá demasiada importância a pormenores para esconder, muitas vezes, a incapacidade de tomar decisões. Hoje o Correio da Manhã traz uma notícia que espelha, de certo modo, essa pequenez. O ministério da educação estebeleceu há uns tempos o calendário escolar para o próximo ano lectivo. É, para mim, uma decisão meramente administrativa e, mais dia menos dia, já há uns anos que estamos habituados a essas datas. Parece que, segundo a lei, o governo seria obrigado a ouvir os sindicatos sobre tão relevante assunto! Segundo consta, desta vez a senhora ministra não procedeu assim. Pois não tardaram as reacções sindicais. Tanto a Fenprof como a FNE vieram a terreiro insurgir-se contra tal desconsideração. A Fenprof, valorizando tal acto, apresentou queixa na Provedoria de Justiça! Bem sei que a atitude do ministério tem sido de desprezo pelas organizações sindicais, e este gesto pode ser entendido nessa estratégia, mas não poderão os representantes dos docentes preocupar-se com outros assuntos e deitar para trás das costas estas questões de lana caprina?
Haja um certo decoro nestas questões que só apoucam os sindicatos, já com má imagem, em muitos sectores da sociedade.
1 Comments:
Não é uma questão tão irrelevante assim o calendário escolar.
Perante outros problemas que os docentes enfrentam este é de facto menor. Como menores são, cada vez mais, as interrupções lectivas - vejam-se os casos francês, suiço, etc, com interrupções estratégicas ao longo, sobretudo, do 1º período. A Milu copia, copia, mas só o que lhe interessa...
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