Paradoxos
O dia de ontem deve ter provocado reacções contraditórias na opinião pública e no governo. Por um lado, realizou-se, em Lisboa, a maior manifestação dos últimos vinte anos contra as políticas do governo. Cerca de 200 mil, segundo diversos órgãos de comunicação social, disseram basta a Sócrates e a uma política que não tem respeitado nada nem ninguém, sobretudo os funcionários públicos, alvo a abater por sucessivos governos. À noite, a coroa de glória mediática com o acordo do tratado de Lisboa, celebrado pelos representantes dos vinte e sete países da União Europeia.
Não quero tirar conclusões precipitadas, mas, infelizmente, julgo que Sócrates se ficou a rir...
3 Comments:
Ó VA,
ficou-se a rir porquê, homem?
Eu ouvi-o na entrevista à Sic Notícias e garanto que à pergunta sobre a manife disse apenas que a respeitava (só faltava não o fazer, enquanto o governo ou os seus cães de fila da AR não mudarem a lei); e logo a seguir mudou para o significado da coroa de glória mediática. Sinal de que o sr presidente do conselho de ministros não achou grande piada à manife; pelo que o riso não há-de ter sido grande...
Terá sido um riso amargo, digo eu!
Ele sabe que perdeu já a maioria absoluta embora possa ainda ter maioria relativa, dada a desorientação da oposição e o tradicional desinteresse do povo por estas coisas da política.
Contudo, acrescento alguns dados novos sobre esta última manif, que não observei em anteriores "edições":
Vi gente nas janelas dos prédios a bater com tampas de tachos e também apoios entusiastas de transeuntes de todas as idades;
Os automobilistas que foram sendo imobilizados pela passagem desta gigantesca massa humana, não buzinavam em protesto, como há um ano atrás;
As juventudes académicas, nos seus trapos negros, estiveram presentes em força (não esquecer que esta manif era da cgtp) a gritar, entre outras coisas, que há fome nas cantinas - os gajos, e sobretudo as gajas, não m pareciam nada sub-nutrid@s :-))
Concluindo, Sócrates que se cuide que pode estar a cair da cadeira (do Poder), embora não tenha ainda a idade do outro de Sta Comba.
Ó VA,
Tu achas mesmo isso e que o sorriso do primeiro não era amarelento?
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