Aqui te amo...
Aqui te amo.
Nos sombrios pinheiros desenreda-se o vento.
A luz fosforesce sobre as águas errantes.
Andam dias iguais a perseguir-se.
Desaperta-se a névoa em dançantes figuras.
Uma gaivota de prata desprende-se do ocaso.
Às vezes uma vela. Altas, altas estrelas.
Ou a cruz negra de um barco.
Sozinho.
Às vezes amanheço, e até a alma está húmida.
Soa, ressoa o mar ao longe.
Este é um porto.
Aqui te amo.
Pablo Neruda, Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada
Etiquetas: amor.
4 Comments:
Ai, que lindo!!!
Como é bom amar e ser amada. Amor verdadeiro é um mistério. Lindo o poema da semana.
Prazer almájanela!!! Sou a mari.
Beijos.
De cortar a respiracao.Adorei (perdao pelo teclado japones)
Neruda, encantador de almas!
Gosto demais dos poemas dele.
Obrigada.
beijos
mari
olá sou a Alma.
para todas
muito obrigada e beijinhos
alma
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