5.9.08

SARAH PALIN

Já muito se escreveu sobre a candidata a Vice-Presidente, nos USA, pelo Partido Republicano, Sarah Palin.
Como exemplo ver a newsweek.
A sua escolha apanhou tudo de surpresa: nunca constou das listas de candidatos, algumas bem extensas, que facilmente se podiam consultar na net.
Começou logo a pesquisa da sua vida (eu diria bisbilhotice), tão típica da esquerda, dos liberais americanos, e neste caso também, das auto proclamadas feministas.
E porquê? Porque era inadmissível uma mulher candidata à Casa Branca pelos Republicanos!
Ainda por cima logo depois da Hillary ter definitivamente deixado de fazer parte do "ticket" Democrata!
Ainda por cima defendendo ideais "arcaicos", "retrógrados", como os valores da família, a vida, anti-aborto, cristã assumida, contra o casamento e o direito de adopção Gays.
Como se as mulheres na política não pudessem defender estes ideais!
Daí o empolamento da gravidez da filha (houve um "site" USA "liberal" tão tresloucado que confundiu o seu filho doente com a gravidez, de modo que ela já era mãe da neta ou avó da filha...).
Desde logo, se começou a falar na sua (in)capacidade para suceder ao idoso-72 anos- McCain; Mas sobre a (in)capacidade de Obama ser Presidente, logo depois de 21 de Janeiro não se fez tanta gritaria!
Não vamos, por isso, entrar na competição de quem descobriu mais "escândalos" na vida da Sarah.
Entremos, então, na política.
Os "flashes" (como ela disse no discurso) sobre a sua vida privada criaram uma expectativa enorme sobre a performance na NRC.
E o resultado foi brilhante: muito segura de si, nada nervosa com a sua vida privada escarrapachada nos "media", falando pausadamente, medindo as ideias que transmitia, empolgou os delegados, parecia ter anos de experiência.
E mais: atacou directamente Obama! Isto é, como candidata a VP, não se dirigiu a Joe Biden-seu homólogo-mas ao "superior", o que deixou os estrategas de Obama desorientados, que se limitaram a responder com um comunicado. Deste modo, o que ficou na retina foram as suas palavras e a sua presença em palco.
E os ataques acertaram no ponto mais fraco de Obama: a sua crónica incapacidade de decidir!
Se bem percebi o seu "english", foi ao pormenor de revelar que Obama nunca tinha proposto qualquer Lei (ou Act) como Senador, quer em Whashington, quer no Illinois!
Ela apenas foi Governadora dois anos, num Estado minoritário, e Mayor numa localidade de menos de 10 mil habitantes.
Mesmo assim, teve de tomar decisões; claro, incomparáveis com a responsabilidade da Sala Oval;mas nesse discurso, ainda, falou de temas concretos, como a sua posição sobre o recente conflito na Geórgia. Ainda hoje se espera o que pensa(?) Obama sobre este assunto: apenas disse generalidades.
Apesar disto, Obama continua a ter mais hipóteses de ganhar em Novembro.
Mas Mrs Palin já abanou as águas da política USA.
E, a continuar com esta performance, será um nome incontornável no futuro dos USA.
Talvez o (a) melhor(a) candidato(a) para derrotar Obama em 2012.
Porque a ascensão da Rússia, o poderio económico da China, os preços da energia, a Al Qaeda a esfregar as mãos com o discurso romântico, sonhador e oco do irrealista Obama vão, talvez, transformar os próximos quatro anos num pesadelo para o Ocidente em geral e os USA em particular; será uma reedição de Jimmy Carter.

E pode gravar mais um marco histórico, pelo lado Republicano, na História USA depois de Lincoln: a primeira mulher Presidente!

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2 Comments:

Blogger Ver para crer said...

Estou convencido que serão esses o ideais "arcaicos", "retrógrados", como os valores da família, a vida, anti-aborto, cristã assumida, contra o casamento e o direito de adopção Gays, como lhe chamam, que vão ter futuro.
Porque Deus não dorme!...

5/9/08  
Blogger osátiro said...

Concordo: serão so valores do futuro.
Pena que a Europa ainda esteja muito longe de perceber isso.

5/9/08  

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