10.11.07

A besta do senhor Chavez


Juan Carlos convidando Hugo Chavez a calar-se.



Há personagens que gostam de protagonismo. Tudo fazem para dar nas vistas. Decorria a cimeira dos países ibero-americanos quando irrompe pela sala esse paranóico de Hugo Chavez. E desatou a insultar tudo e todos. A Aznar, chamou fascista; a Lula, magnata do petróleo; aos dirigentes do Uruguai e da Argentina ridicularizou por divergências quanto a fábricas de celulose. Insultou os Estados Unidos por nesse país vigorar, segundo as suas palavras, "o fascismo dos fascismos". Em resumo, ele é o iluminado, o revolucionário, o defensor dos explorados e oprimidos.
Gente como o senhor Chavez devia ser considerado um palhaço, o bobo que anima a corte, o irresponsável que, aproveitando-se do sistema democrático, chega ao poder para ditar a sua verdade. É a paranóia elevada à máxima potência. Aqui em Portugal tivemos, em tempos idos, um senhor que deve ser considerado um aprendiz quando comparado com este lunático. Ainda permanece viva em muitos de nós a imagem de um louco, Vasco Gonçalves, que espumando raiva, ameaçava tudo e todos que não fossem a "muralha de aço".
Os gregos, precursores da democracia, envergonhar-se-iam tendo estes energúmenos como comparsas. O senhor Chavez vai ser corrido, mais cedo ou mais tarde, do poder que tão zelosamente quer perpetuar. Nessa altura, muitos dos que agora lhe batem palmas por dizer umas frases tonitruantes contra o senhor Bush farão de conta que não o conheceram. Ou dirão que foi, apenas, um erro de análise...
Personagens como o senhor Chavez apenas nos deixarão de preocupar quando tiveram a sorte que merecem: o desprezo e o esquecimento. Aquilo que diz fará parte do anedotário da política. Para a história ocupará duas linhas dedicadas àqueles que envergonham o ser humano.
Que se encharque em petróleo...nacionalizado.

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3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ó Vitor, apesar de tudo, a democracia do Chavez é bem mais democrática dos gregos. Aliás o conceito de democracia directa ( ou tirânica, se pretenderes) de Chavez é aquele que mais se aproxima do conceito grego.
A democracia representativa tem outra origem.

11/11/07  
Blogger Vítor Amado said...

Meteco: mas por que razão vão a pormenores e tentam esquecer o principal? É evidente que depois dos gregos os conceitos democráticos se alteraram. Agora alguns considerarem o regime de Chavez democrático..Que hei-de fazer! Fiquem lá com esse conceito de democracia.A eleição não lhe dá legitimidade para fazer o que bem lhe apetece. Já aqui citei o caso de Hitler que também foi eleito. Também o defendem?

11/11/07  
Anonymous Anónimo said...

Ó VA,

tirando o facto de que interromper discursos é acto de mal-criadez (e nisto Chávez pecou), pergunto:

1. que fazia um rei numa cimeira de governantes eleitos? tentativa de recuperar a imagem incendiada no seu próprio país?

2. que raio de homem se julga o rei para entender que tem o direito de mandar calar quem quer que seja? que o orador no uso da palavra o faça... enfim... agora sua majestade?!

3. quem tem o direito de roubar a Chávez (ou a quem quer que seja) o direito de achar que A ou B (pode ser Aznar) é fascista ou outra coisa qualificação política qualquer? de achar que Bush é um ultra-fascista?

4. quem te deu o direito de declarar a falta de legitimidade democrática a um político reconhecidamente (por observadores internacionais) eleito de forma democrática? que aches que o homem é palhaço... tu lá sabes... agora a falta de democraticidade...

5. lembro-te que, antes de Chavez, muitos venezuelanos jamais tinham visto um médico. O principal pecado do homem é que não deixa roubar o petróleo todo. Porque "ditadores" (com aspas ou sem elas) do género, há-os aos montes por aí e são incensados como grandes democratas. A grande diferença é que o petróleo sai e entra ao sabor da vontade dos grandes donos das economias internacionais.

Desperta-me essa mente, homem!

12/11/07  

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