Ensino - Fel II

10º ano, programa de Português, uma verdadeira odisseia. abraça-se o mundo, o impensável. levantamos voo com textos de índole autobiográfica, sobrevoamos a Poesia do século XX depois de rasarmos Camões e Bocage, fazemos escala nos textos dos media e aterramos num conto de autor.

como ingredientes para dar paladar, o já referido Contrato de Leitura, a Oficina de Escrita - o alunos escreve e auto-corrige-se, aplicando a pedagogia do erro, (quando? não vem nas instruções!) - o Funcionamento da Língua, a Oralidade, devidamente avaliada em contexto de aula através de grelhas lindas e eficazes para registo, de 28 alunos em espaços de 90ms!

claro que não, estava a brincar! :-(

e todos pululam de contentamento pelo cumprimento do dever, do programa, tudo como manda o figurino.

dos resultados reais? não sei,(ou sei!)... é sempre o exame de 12º a ensombrar qualquer opção mais consensual e que levaria o professor a seleccionar o mais importante, o que é adequado à turma que tem, o que lhe interessa... o razoável, no fundo.

são sempre os números, a quantidade, o fogo de vista em detrimento do desejável, da qualidade, do apropriado ao ritmo dos discentes que, saídos do básico sabem que o sucesso é um dado adquirido que, esperam, se mantenha no 10º ano.

... o facilitismo de um sistema que se revelará, no futuro, uma espécie de feitiço que apenas esperava a distracção do feiticeiro.