10.2.08

Revista da imprensa

  • "Manifestamente, a remodelação de Sócrates não sossegou Manuel Alegre."
Vasco Pulido Valente, in Público
  • "É engraçado que, meio século após o derrube de Batista, tenham sido as guerras no Afeganistão e no Iraque a alertar a opinião pública para a situação das cadeias em Cuba. É engraçadíssimo que a opinião pública concentre os seus esforços libertadores numa só cadeia, curiosamente a única da ilha a cargo dos EUA. Hoje, toda a gente já ouviu falar em Guantánamo. No que respeita a Portugal, a dra. Ana Gomes grita tanto que seria impossível não ouvirmos. E lermos: em Guantánamo encontram-se suspeitos de terrorismo, transportados e guardados através de processos que causam, sobretudo na Europa, condenação diária e vigílias sazonais. Não tenciono discordar. (...) Trezentos, agora. Durante décadas, o regime cubano raptou, espancou e/ou matou dezenas de milhares de pessoas sem que a sensibilidade ocidental produzisse um centésimo do barulho suscitado por Guantánamo. Muitos dos que se comovem com terroristas não se afligem demasiado com os azares de quem rejeita o socialismo. No fundo, acham que tamanha blasfémia merece uns anos de detenção, uns meses na "solitária", a ocasional tortura, o ocasional fuzilamento. Mais uma vez, não vou discordar."

Alberto Gonçalves, in DN

  • "Cavaco Silva chama José Sócrates a Belém para um encontro privado. O primeiro-ministro apresenta-se com um ar abatido, os cabelos em desalinho, o rosto macilento, os olhos sumidos e inquietos. "O que se passa, homem?", aflige-se o presidente, estendendo-lhe a mão. "Estava alguma manif à sua espera aqui à porta do meu palácio?". Sócrates tenta sorrir, mas só consegue desembuçar uma carantonha. "Não é isso, sr. presidente", vai dizendo, enquanto Cavaco lhe designa um lugar no sofá onde irá prosseguir a conversa. "Sabe, é que...".

Fernando Marques, in JN

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