1.3.08

Tu...















Tapas os caminhos que vão dar a casa


Cobres os vidros das janelas


Recolhes os cães para a cozinha


Soltas os lobos que saltam as cancelas



Pões guardas atentos espiando no jardim


Madrastas nas histórias inventadas


Anjos do mal voando sem ter fim


Destróis todas as pistas que nos salvam



Depois secas a água e deitas fora o pão


Tiras a esperança


Rejeitas a matriz



E quando já só restam os sinais


Convocas devagar os vendavais



Maria Teresa Horta





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4 Comments:

Blogger Johny Farias said...

Lindo tudo isso, que texto
surreal, pelo menos pra mim.
Cada palavra vai de encontro
com o irreal, de mãos dadas
com o abstrato e escrevendo a história. Um belo reflexo de um sentimento livre, mas guardado a sete chaves.

Adorei Teresa Horta, nessa sua Horta só nascera bons frutos.

Beijo's e obrigado pela visita.
Fica bem.

1/3/08  
Anonymous Anónimo said...

Repito o que john farias já disse (e não consigo dizer mais): lindo!

(obrigado. não conhecia o poema).

1/3/08  
Blogger almàjanela said...

johny

fiquei muito contente por teres apreciado. MTH foi considerada uma das três poetisas malditas pela sua linha erótica tão a despropósito na altura e, diga-se, agora. nos seus poemas o sexo tem nome assim como tudo o que o envolve... afinal, tão natural como o acto em si.

prometo mais, mais dificilmente prometo mais tão inocentes como este. rssss

muito obrigada pela apreciação.

beijinhos para ti.

alma

1/3/08  
Blogger almàjanela said...

toino

muito obrigada pela apreciação. para além do que já disse ao johny, é sempre gratificante dar a conhecer e receber contrapartidas em jeito de opinião, de comentário, seja qual for a sua natureza.

por isso, de nada, foi um prazer.

alma

1/3/08  

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