30.5.08

A China Moderna - o HUKOU

Nos últimos tempos, a China anda no top das notícias; e vai continuar com as Olimpíadas.
O que poucos se apercebem é que as imagens TV são difundidas pelas TVs oficiais, controladas pelo Governo Comunista, que só mostram o que querem.
E como se vive nas regiões mais inacessíveis?
No "Expresso" de sábado passado, uma excelente reportagem dá-nos conta da divisão rigorosa entre chineses "rurais" e "urbanos".
O "Hukou" é uma caderneta oficial de residência atribuída pelo Governo a todas as famílias, onde se registam os nomes, parentesco, estado civil,morada e nome do empregador.Cada família tem o seu Hukou. Se for "rural", ninguém da família pode ir viver oficialmente para as cidades: se for, não tem direito a ensino, assistência médica ou contrato de trabalho.
Estima-se que haja 200 milhões de chineses rurais, "ilegais" dentro do seu próprio país, a viver em cidades. Mesmo que consigam arranjar casa ou carro, não podem legalizar a compra ou ter carta de condução.
São presa fácil para a autêntia exploração capitalista desenfreada que há na China, porque não existem oficialmente nas cidades.
Se não tiverem um bom "guanxi"--tráfico de influências no partido-- não conseguem documentos falsos que os considerem "citadinos" e com direitos para viver nas cidades.

O controlo dos movimentos internos sempre foi uma preocupação dos Governos comunistas: na URSS havia cidades e regiões proibidas mesmo aos russos: Sakharov viveu muitos anos em Gorki-cidade proibida-.
Ainda hoje existem em Cuba: não é apanágio da China.
É um método de controlo administrativo da liberdade de viajar, escolher trabalho, local de residência; assim, o partido todo poderoso sabe onde estão os "seus" cidadãos:poupa "trabalho" às polícias políticas.

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5 Comments:

Blogger Fragmentos Betty Martins said...

querido_________Os�tiro





_______momento China____...


A China____pa�s emergente em clara expans�o econ�mica � que faz esquecer ao Ocidente repetidos atentados contra os Direitos Humanos

� um pa�s cheio de contradi�es. ao contr�rio do que se passou com a Federa�o Russa____o comunismo na China n�o implodiu. transformou-se

o marxismo-leninismo___na vers�o mao�sta___evaporou-se. � certo

mas o aparelho partid�rio do Partido Comunista chin�s___ultracentralizado___conservou-se_____ao mesmo tempo que se converteu �s del�cias___para a nomenklatura____do pior capitalismo selvagem

como foi isso poss�vel?

que contradi�es insan�veis acarretou?

� dif�cil___por enquanto___ avaliar

porque as novas que nos chegam da China s�o poucas e nem sempre confi�veis

no Ocidente conhecemos pouco das transforma�es reais que ocorrem na China

dos conflitos internos e das revoltas no mundo rural. sabemos que s�o consider�veis. tem vindo a criar-se____nas grandes e m�dias cidades____uma nova classe m�dia que come�a a viver com algum conforto___em rela�o a um passado recente. mas o campesinato continua a viver em extrema pobreza___a par da nomenklatura dos multimilion�rios____ estreitamente ligada ao poder pol�tico___do qual depende

(in vis�o)











beijO____C_____carinhO
bFsemana

30/5/08  
Anonymous Anónimo said...

O que se aprende aqui! que o governo da China é comunista. Mais acima, que na Rússia (perdão, URSS) o sistema socialista soviético não é factor de desenvolvimento que possa competir com o factor de desenvolvimento que é a livre concorrência em Portugal. Aliás, confirmo que a gente quando sai à rua, em Portugal, cheira factores de desenvolvimento livre concorrencial por todo o sítio por onde passa...

As coisas que a gente aqui aprende!...

30/5/08  
Blogger osátiro said...

A Cris fez um comentário bem acertado sobre as realidades chinesa e russa.
E o Ocidente acobarda-se perante o desprezo dos direitoa humanos.
Veja-se o silêncio em que ficou a invasão do Tibete, depois de umas semanas de terramoto.

4/6/08  
Blogger osátiro said...

Desculpa: Betty.

4/6/08  
Blogger osátiro said...

Toino: as Coreias são o exemplo mais que evidente, mesmo para cegos, da diferença entre economia de mercado e planificada.
(ista para não falar em "amplas liberdades").

4/6/08  

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