Aborto
Eu sei que a parte não deve nem pode ser tomada pelo todo. Neste como noutros casos. Mas quando se assiste a um debate pouco esclarecedor, cheio de "sound-bytes", recorrendo-se a argumentos radicais e até insultuosos ( de um lado e do outro), não deixo de salientar a reflexão de um grupo de filósofos que questiona o modo como foi verbalizada a pergunta posta para referendo, que põe em causa o prazo-fronteira para a despenalização ou não do aborto e, sobretudo, o direito à vida. Todo o texto pode ler-se aqui.
3 Comments:
Ó VA,
1, um pouquinho mais de objectividade: a "...um grupo de filósofos..." acrescenta que são defensores do "não". O acrescento faz toda a diferença;
2. eu não entendo aonde é que estes meninos, que ouvi na tv, querem chegar. Avanço algumas hipóteses:
a) APENAS COMPREENDER porquê este "prazo-fronteira";
b) DEFENDER que o "prazo-fronteira" deve ser até ao fim da gravidez;
c) DEFENDER que o "prazo-fronteira" deve ser até uns instantes antes da gravidez (digamos, aquele ponto em que a ejaculação ameaça uma gravidez e a partir do qual está tudo estragado);
d) CONFUNDIR...
3. SE são verdadeiramente filósofos, tinham obrigação de não se misturar na bandalheira da pseudo-argumentação (ou da indefinição, de que Sua Santidade o Santo Cardeal Patriarca de Lisboa acaba de dar brilhante lição na RTP). Deveriam mostrar os argumentos fortes que há de ambos os lados da discussão, e desse modo elevar o debate que não está (mas deveria estar) a ser feito. A acreditar no que transpareceu na comunicação social, ficaram a anos-luz...
Em conclusão: não vale a pena esforçares-te em realçar que, neste caso sim, se trata de uma "reflexão"; não se trata, VA! não se trata, não!
PS (m-l): espero não me esquecer de "ouver" a próxima grande entrevista da RTP ao professor Quintanilha. Ainda não desesperei de ouvir tratar o tema de modo sério (de novo: deu-lhe uns toques o Pedro Galvão, na Sic Notícias há dias. Só que este tipo de abordagens não dá audiências...)
Abraço.
anoto: "brilhante lição" do Cardeal Patriarca...registe-se a ironia do adjectivo;
"grande entrevista da RTP ao professor Quintanilha" - evidentemente no sentido "sério" dos termos...
Ainda és candidato a melhor professor do país ( sem ironia...)
abraço.
...interpretaste mal, VA. Ou antes, escrevi mal. Na verdade, em vez de "grande entrevista" quis escrever "Grande Entrevista" (o nome do programa. E nada mais.).
Aliás, apesar da gralha, era de supor que assim fosse: escrevi "a próxima grande entrevista da RTP", o que faz supor que a de Sua Santidade também foi "Grande Entrevista". E foi. Grande e... brilhante.
Como vês, ainda não foi desta que me apanhaste. Mas insiste: Deus (ou Alá?) há-de ajudar-te.
Abraço.
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