O caso Carmona
Já aqui se disse que a atitude mais correcta, no caso da Câmara Municipal de Lisboa, seria a demissão do seu Presidente. Ainda para mais depois da atitude de Marques Mendes em lhe retirar a confiança política. Carmona respondeu...mal. Se em termos legais, tem toda a razão, ninguém deve ser condenado pelo simples facto de ser arguido, em termos políticos a situação é confrangedora. Sem maioria absoluta, com a imagem minada pelos sucessivos escândalos em que se envolveram outros vereadores, o caminho mais correcto seria a demissão do elenco municipal. E não é de desvalorizar o facto de se tratar da Câmara da capital. Mais agrava a situação. Carmona escolheu uma atitude voluntarista. Ao desafiar tudo e todos, vai ter um fim pouco digno e sair pela porta pequena.
Já Marques Mendes tem mantido alguma coerência, pelo menos nos casos mais mediáticos, seja em Gondomar, em Oeiras e, agora, em Lisboa.
Já o mesmo não se pode falar de um outro caso, também grave, também envolvendo uma Câmara de forte dimensão política. Em Setúbal, a Presidente e alguns vereadores são também arguidos. O que fez o PCP? Em comunicado, ataca tudo e todos, quase chega a insinuar a existência de uma cabala, e defende, com unhas e dentes, a inocência (também política...) da autarca que, num golpe palaciano e de contornos nebulosos, enviou, primeiramente, o antigo Presidente, Carlos Sousa, para a berma, e agora se escuda nos camaradas de partido. E que posição tomou a Presidente da Assembleia Municipal, esse exemplo de coerência, que dá pelo nome de Odete Santos? Então aqui já não se pede também a demissão deste orgão?
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