31.1.08

Ter ou não ter boa imprensa...

Em Portugal, há pessoas com boa imprensa. Exemplo disso é o ex-Presidente da República,Mário Soares. O homem pode dizer as maiores banalidades que é sempre ouvido reverencialmente. Mas também há quem seja criticado mal abra a boca. Como se sabe, o actual bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, fiel ao estilo que o notabilizou, chamou a atenção para o problema da corrupção e da incapacidade ( falta de vontade, diria eu...) de averiguar e levar a julgamento, se for caso disso, os prevaricadores. Saltou-lhe tudo em cima, salvo seja. Desde os partidos políticos, aos magistrados, passando pelo governo, todos clamaram por provas. Não é preciso recuar muito no tempo para lembrarmos declarações, por exemplo, de Maria José Morgado ou do marido, Saldanha Sanches, a denunciarem situações idênticas. Na altura, poucos os criticaram por não apresentarem provas. Um dos que criticou Marinho Pinto foi o Dr. José Júdice. Vejamos o percurso deste senhor nos últimos tempo. De militante histórico do PSD, saiu para ser mandatário do socialista António Costa para a Câmara de Lisboa. Entretanto é nomeado pelo governo para coordenar a requalificação de toda a zona ribeirinha de Lisboa. À mulher de César não basta ser séria, também é preciso parecê-lo...
Mas ainda ontem o correiodamanha trazia uma notícia exemplar de possível tráfico de influências.
O comendador Berardo, o tal que denunciou os cambalachos no BCP, comprou uma propriedade no Algarve por 500 mil euros, em 2000. Vendeu-a, em 2006, por 15- quinze - milhões de euros. Será tão difícil investigar este caso?
Pois é, o culpado é Marinho Pinto. Por que raio falou o homem?

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

a propósito de soares e considerando o comportamento durante as últimas presidenciais, mais uma vez fiquei com a certeza que um homem culto nem sempre é um homem sensato. é necessário aprender o qwue fazer com o conhecimento, com a cultura. e ser não é saber embora possa e deva ajudar.

a verdade incomoda. está certificado pelo cidadão comum que cada vez mais se sente desiludido com tanto santo com pés de barro. e cada notícia destas é um passo claro para o descrédito na classe política e afins a ela colados.

verdadeiramente extraordinária é a sede que este mesmo cidadão tem de saber afinal como é? e isso lhe é cortado. mas ninguém pensa que cortarem-lhe as pernas na clarificação das denúncias é atestar a culpa. vulgo é e popular o de sempre, quem n deve, n teme.

dm

31/1/08  
Anonymous Anónimo said...

Eu diria, antes, que a mulher de César tem que parecer ser séria mas também tem que sê-lo. O que não é exactamente o mesmo que diz o ditado "popular".

1/2/08  

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