22.2.08

Steven Spielberg

Steven Spielberg anunciou que não aceitava ser conselheiro artístico para os Jogos Olímpicos de Pequim em protesto pela política de apoio do regime Chinês ao governo do Sudão, responsável pela tragédia do DARFUR.
Esta notícia passou praticamente despercebida, relegada para os cantos dos jornais, e houve até quem se pronunciasse contra a intromissão da política no "ideal" Olímpico.
É mais uma prova de que a comunicação social europeia está enterrada na lama da hipocrisia até à raíz dos cabelos.
Não se admite que se ponha em causa a verticalidade de quem faz valer a sua voz ou estatuto contra o genocídio racista islâmico do Darfur, a maior tragédia no mundo actual, nas palavras insuspeitas de António Guterres, Alto Comissário da ONU para os Refugiados.
Mais de 200 mil mortos e cerca de 3 milhões de refugiados no deserto são motivos mais do que suficientes para condenar o Governo do Sudão e quem o apoia- e a China é um dos principais compradores de petróleo e apoiante de Khartum.
Na Europa, este genocídio é criminosamente esquecido, sob a paranóia do anti-americanismo Bushista.
Nos EUA, figuras públicas como George Clooney, Mia Farrow e Spielberg alertam, com o seu peso, para este drama.
A Europa não pode arrogar-se o exemplo da defesa dos Direitos Humanos (vidé Guantanamo), quando atira para o lixo o genocídio de pessoas indefesas.

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2 Comments:

Blogger marta r said...

Só me espanta que ele tivesse demorado tanto tempo a tomar esta atitude...

22/2/08  
Blogger osátiro said...

Segundo dizem os Chineses, o convite data do ano passado e ele nunca respondeu.
Talvez este tenha sido o "timing" escolhido para provocar uma maior abertura do regime

22/2/08  

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