30.5.07

"Vai fermosa e não segura"

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Greve Geral

A meio do dia, o site da RTP, anuncia 12,8% de adesão à greve ( a esta hora, mantém essa informação); o site da SIC anuncia 80% de adesão. Asssim se faz informação em Portugal.

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29.5.07

A "Recomendação"

Confesso que li a notícia no blog ao lado, origemdasespecies. Mas não deixei de sorrir com a ligação que também proponho. E não nos querem indicar a que horas temos de mijar as bebidas-com-um-teor-de-hidratos-de-carbono-nunca-superior-a-10-g-por-cada-100-g-e-sumos-de-fruta-naturais?

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A sanha inquisitoral do governo.

Foi preciso passarem 33 anos depois do 25 de Abril ( descontando os tempos do desnorte gonçalvista...) para termos um governo socialista - ironia das ironias - com uma tal sanha inquisitorial que brada aos céus! A propósito da greve geral anunciada para amanhã, seria intenção do socrático bando identificar os possíveis grevistas. Acho que o "Botas" deve estar a dar gargalhadas no Além.
Felizmente que ainda há instituições que mantêm a sua independência e proibiram o governo de levar por diante tal intenção. Ainda hei-de ouvir/ler algumas aves de arribação clamarem que Cavaco era afinal um bom rapaz...

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28.5.07

O sargento a mandar no general!

O Estatuto da Carreira Docente (ECD) introduz mexidas significativas na carreira dos educadores. E como está à porta o concurso para professor-titular, será o momento para chamar a atenção de algumas incongruências do mesmo. Nas palavras da ministra e do primeiro-ministro, a categoria de professor-titular teria, entre outros objectivos, a de formar um grupo de "generais" que assumiriam os mais importantes cargos na administração das escolas. Seriam a elite, os mais qualificados. E como não há lugar para tantos "generais", há que criar um crivo e seleccionar o número que a tutela considere suficiente.
Segundo esta lógica, não se percebe, então, por que razão o cargo de presidente do órgão executivo da escola não tem de ser, obrigatoriamente, desempenhado por um professor-titular. Qualquer "sargento" do 6º, 7º ou 8º escalões poderá ascender a esse lugar. Mas o mais grave parece ser a possibilidade de ficar uma porta aberta para o cargo vir a ser desempenhado por alguém que não professor. Se apenas pudessem concorrer ao cargo professores-titulares, era garantida a direcção e administração de uma escola a um docente. Assim, pode especular-se com a hipótese atrás referida. E todos nos lembramos ainda da intenção de nomear gestores, ditos profissionais, para os órgãos executivos de escolas. Se para ser coordenador de ano, ciclo ou curso se exige a categoria de professor-titular, estranha-se (ou talvez não...) esse hiato na lei.
Outra incongruência grave reside na possibilidade de alguém menos qualificado vir a ter palavra decisiva num futuro processo de avaliação dos docentes. Efectivamente, a lei consagra ao presidente da direcção executiva papel determinante na avalição que, em anos posteriores, se vai concretizar nas escolas. Será justo? Haverá legalidade neste processo?

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26.5.07

O Sr. Costa

Há ideias aparentemente irrecusáveis e apelativas. António Costa saiu-se com uma delas. Embora não more em Lisboa, agrada-me a sugestão deixada pelo candidato à Câmara de transformar o espaço ocupado pelo aeroporto da Portela em espaço verde. Mas algumas dúvidas levanto:
  • Se se construir o aeroporto da OTA, estará concluído por volta de 2018.Quem será o presidente da câmara na altura? o sr. Costa não será, de certeza.
  • Então não ficaria o actual aeroporto a servir para outro tipo de voos que não os de longo curso? Os de low-cost, por exemplo?

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25.5.07

A srª DREN

A senhora directora regional da educação do norte, antes de chegar ao cargo político que ocupa, foi uma sindicalista empenhada. No ano passado, já na nova função, proibiu a realização de plenários de professores nas escolas para discutirem o novo estatuto da carreira docente. Esta atitude mereceu a reprovação da tutela. Como se vê, esta veia persecutória está-lhe no sangue.

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24.5.07

A Frase

O presidente do PS, Almeida Santos, invocou esta noite os riscos de segurança para rejeitar a construção de um aeroporto a sul do Tejo, advertindo que a destruição de uma ponte num atentado terrorista poderia cortar a ligação entre as duas margens do rio.
  • "Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país", declarou Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS.

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Sinais, TSF

Há muito que me habituei a ouvir, com prazer, a rubrica "Sinais", de Fernando Alves, na TSF. Dotado de uma cortante ironia, transforma um tema do quotidiano numa crónica corrosiva e incisiva. A propósito do ministro ca(lino), deixo a ligação.

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Mário Lino

Este ministro começa a merecer un "study case". Depois da piada, também ele, sobre a licenciatura de Sócrates, veio hoje dizer que não disse o que disse ontem. Aqui ficam as suas declarações. Cada um retire as suas conclusões sobre a classe política que temos.
  • Numa intervenção feita ontem num almoço-debate com economistas, em Lisboa, o ministro disse que as alternativas à Ota na margem sul do Tejo são sítios "sem gente, sem turismo, sem comércio", um "deserto para onde seria necessário deslocar milhões de pessoas", apoiando-se num estudo de Manuel Porto, antigo eurodeputado do PSD."Fazer um aeroporto na margem sul seria um projecto megalómano e faraónico porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas", disse Mário Lino.
  • O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, nega ter comparado a margem sul a um deserto e afirma que se referia às zonas de Poceirão, Rio Frio e Faias, as localizações alternativas à Ota para a construção do novo aeroporto de Lisboa.
    "As pessoas quando não têm argumentos deturpam a realidade. Estávamos a discutir as localizações do aeroporto. Sei muito bem que Almada, Montijo e Setúbal têm gente", disse o ministro à agência Lusa.

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O 1º delator público!

Fixem bem este nome: chama-se António Albino. É, segundo se sabe, o 1º delator conhecido nestes tempos de perseguição e mesquinhez. Foi ele, amigo há 15 anos do professor Charrua, que na privacidade de um gabinete, ouviu a piada e bufou o nome do professor Charrua à zelosa directora regional de educação do norte. O resto já se sabe. E foi aqui denunciado.
No momento em que escrevo este post, assisto a parte do debate na RTPN, Choque Ideológico, entre Bagão Félix e o advogado Pinto Ribeiro, sobre o tema. Como há gente que se diz de "esquerda", como Pinto Ribeiro, e se enreda num emaranhado de pesudo-atenuantes para justificar a actuação da directora regional e, sobretudo, ilibar o ministério e o próprio Sócrates! Não sabe nem se dá conta da figura triste que faz!

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Sexo anal


(via mail. Obrigado vm)

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Novas oportunidades

Assim, “falhamos a vida, menino!”

Impressionam os números da adesão ao programa governamental Novas Oportunidades: mais de 250 mil querem certificar-se com o ensino básico e cerca de 75 mil com o secundário. E mais impressiona se recordarmos que, há escassos meses, o tema foi destaque repetido na imprensa, após inquérito de âmbito europeu, por sermos os que menor disponibilidade manifestávamos para regressar à escola e menos valorizávamos a necessidade de formação ao longo da vida. Neste quadro, faz sentido perguntar: que terá acontecido, para tão grande mudança de atitude, em tão escasso tempo?

Da multiplicidade de factores que integram uma possível resposta, destaca-se o oportunismo e a leviandade com que se procura popularizar e facilitar o que suporia trabalho acrescido e sacrifício pesado. O decoro profissional aconselha a não descrever como, em muitos centros, meia dúzia de meses, a tempo parcial, chegam para certificar o conhecimento que exige, no quadro tradicional, cinco anos de escolaridade, a tempo integral. Para além desta rematada mistificação, será bom relembrar:

1. As Novas Oportunidades, que estes senhores tiraram da cartola com alarido, não são conceito recente, tão só rebaptismo duma iniciativa que remonta ao próprio Estado Novo. Lembram-se da “educação de adultos” e da “educação permanente”?
2. Se os adultos pretendem adquirir conhecimentos relevantes para as actividades profissionais que desempenham, não são os centros recém-criados, que se servem de forma preponderante dos recursos, das metodologias e dos professores das escolas do sistema tradicional de ensino, que responderão a tal desiderato. Todos sabemos porquê. Se a iniciativa visa um enriquecimento pessoal, de âmbito mais geral, designadamente um grau escolar, então, não há milagres: a maturidade e o esforço poderão compactar cinco anos em dois ou três, mas não, certamente, em poucos meses; se o conhecimento existe e só não está certificado, um exame sério será instrumento adequado. Mas é sórdido substituí-lo por tretas ridículas, para engrossar estatísticas que a todos enganam. E convirá sempre clarificar que certificar o conhecimento que um adulto tem em determinado momento da vida, tornando-o equivalente a um grau académico, supõe regras básicas a que nunca nos poderemos eximir, sem risco de profunda desonestidade. Quando se outorga um diploma de estudos básicos ou secundários a alguém, estamos a dizer à sociedade que esse indivíduo domina um conjunto de conhecimentos considerados absolutamente obrigatórios e um conjunto de outros que os complementam e que poderão ser diferentes, consoante percursos de vida também diferentes. Naturalmente que o saber acumulado por um canalizador pode e deve equivaler a outras aquisições da parte complementar de um currículo. Mas montar um bidé não equivale a resolver uma equação matemática, nem saber enviar um e-mail substitui a leitura de Os Maias. Parece óbvio, mas não está a ser.
3. Os novos centros (170) e os que se anunciam (230) são corolário de uma política que reduziu em cerca de 30 por cento o financiamento da rede que já existia e desprezou a competência de quem, há muito, estava no terreno, com pedagogias próprias para adultos, de resultados mais demorados.

4. Esta ânsia de queimar etapas e esta pressa de mudar indicadores que, sem qualidade, nada modificarão, não se fica por este nível. No superior alterou-se o regime de entrada para adultos sem o 12.º ano. Em nome da democratização, como se a posse de um curso universitário fosse um direito básico e universal, instituíram-se “regras que facilitem” o ingresso e mandou-se privilegiar, como critério de selecção, “a experiência profissional dos candidatos”. É provável que Mariano Gago não esteja preocupado com a interpretação destes comandos, que começa a ser feita por algumas instituições. Ao fim e ao cabo há que lhe reconhecer coerência, quando nos apontou o percurso escolar do primeiro-ministro como modelo. O marketing político e a propaganda desta “esquerda moderna” arregimentam muitos para as oportunidades com que Sócrates julga salvar a pátria e entrar na galeria dos reformadores. Mas resistem outros para, parafraseando o Ega de Os Maias, lhe dizer que, assim, “falhamos a vida, menino!”
Santana Castilho, Professor do ensino superior, in Público
(sublinhados nossos)

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O engenheiro!


Mário Lino, o tal que é engenheiro, inscrito na Ordem, abriu a boca e disse asneira. Aqui.

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Congelados!

A notícia é manchete em vários jornais. A progressão de carreiras na função pública vai estar congelada até 2009.

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23.5.07

O caso Charrua

Volto hoje ao caso do professor Fernando Charrua, suspenso por alegadamente ter ofendido o nome de Sócrates a propósito da sua licenciatura (ou não) em engenharia civil. Duas reacções merecem destaque: uma, a do professor Vital Moreira que, no seu blog, (www.causanostra.blogspot.com ) condena a atitude da directora regional de educação nos seguintes termos:
  • "Há-os sempre, os zelosos guardiões do poder, excedendo-se na punição dos que se excedam no desrespeito ao poder. Não se dão conta, os zelosos, que no seu excesso só desajudam quem julgam proteger."
Também o constitucionalista Jorge Miranda vem a terreiro afirmar que:
  • "quem deveria ser demitido era a directora a regional". Mas vai mais longe e afirma que, neste caso, "houve um delator, o que é uma coisa profundamente triste".
É precisamente aqui que quero chegar. Também o que mais me choca é o ambiente que se está a começar a viver nas escolas. Já ontem, em entrevista a uma das televisões, uma colega se lamentava do ar que se começa a (não) respirar nas escolas. É triste a situação a que chegou uma classe profissional que devia ser incentivada, e também responsabilizada, e se vê ultrajada a cada dia que passa. Mesmo por colegas de profissão. E o que aí vem não augura nada de bom. Se os professores são a favor duma avaliação séria e rigorosa - é bom que se repita isto - , tenho dúvidas que o processo escolhido seja o mais justo. Se numa primeira fase, esta avaliação assume um carácter quase que burucrático, daqui a dois anos temo o pior. As intrigas, os compadrios, a arbitrariedade vão emergir e conturbar todo o ambiente escolar. E cá estaremos para aferir da veracidade ou não do que aqui se afirma.
Num discurso proferido na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República, o deputado Paulo Rangel falava em "claustrofobia constitucional e política" a propósito dos sinais preocupantes de alguma restrição de liberdade. O primeiro-ministro, com a sua habitual arrogância, riu-se e fez de conta. A maioria da comunicação social passou ao lado do tema. Possivelmente por ter vindo de quem veio. Talvez agora este caso comprove que essas palavras não foram ditas em vão...

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22.5.07

Humor

Um casal está no zoológico e passa pela jaula do gorila macho.
- Marcos - diz a mulher - Sabes que os gorilas são os animais mais parecidos com o ser humano relativamente ao seu comportamento? Observa como lhe vou mostrar uma mama, aproveitando que não há muita gente, e aposto que se vai excitar tal e qual um homem.
Maria mostra uma mama e o gorila começa a ficar excitado e a mover as barras da jaula.
Vês?- diz a mulher - agora dou conta porque és assim, os homens não podem controlar os seus instintos animais tal como o gorila."
E Marcos diz-lhe: Agora mostra-lhe as duas para ver o que se passa.
A mulher levanta a camisola e mostra-lhe as duas mamas e o gorila ainda fica mais excitado e desesperado por sair.
Marcos diz-lhe: - É incrível como reage o gorila. Agora desce as calças e mostra-lhe o traseiro só para ver o que se passa!
A mulher mostra-lhe o traseiro e o gorila, completamente excitado, abre as barras da jaula e sai. Agarra a mulher e começa a despi-la.
- Marcos, que faço? Ajuda-me!
E Marcos diz-lhe: - Agora, explica ao gorila transtornado...
Que não tens vontade...
Que te dói a cabeça...
Que estás cansada...
Que estás com dor de garganta...
Que hoje tiveste muuuuitoo trabalho...
Que tão depressa nãooooo...
Que te entenda como mulher...
Que estás deprimida...
Que estás nos teus dias difíceis...
Que estás na tua semana complicada...
Que só queres que te abrace...
Que estás muito tensa...
Que tens que levantar-te muito cedo...
Que hoje te levantaste muito cedo...
Que hoje caminhaste imenso e que te doem os pés...
Que hoje estás super carente e só queres muitos carinhos...
Que estás muito tensa e só queres massagens de relaxamento...
Que estás com vontade de ver TV...
Que não queres perder a novela...
Que hoje foste ao cabeleireiro e que não podes mexer-te...
Vamos ver se ele te entende!!!
(Via mail. Abraço, vm)

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Olhó passarão!

"Convosco a sociedade portuguesa será mais justa, mais pobre... perdão, mais solidária".

José Sócrates, durante a cerimónia de boas vindas, organizada pelo Governo, aos 324 estrangeiros que conseguiram a nacionalidades portuguesa desde que a lei da imigração entrou em vigor em Dezembro de 2006.

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20.5.07

Humor


Cá para mim, o Pantufa é candidato à co-incineração em Souselas.

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A vitória de Sarkozy

Nicolas Sarkozy eleito, é altura de pedir contas. E não a ele. Raramente se viu uma opinião tão definitiva e errada sobre alguém. O facto de essa opinião ir no sentido do pêlo dos pedaços de asno caseiros levou a este Waterloo da formação de opinião. Construiu-se a convicção de que Sarkozy era um fascista, um racista. Eleito, a primeira semana já deu para ver.
Há meses, foi notícia a violência nos subúrbios de Paris. Jovens, filhos de imigrados, queimavam automóveis dos vizinhos. Centenas por dia. Excepto em manicómios, estes factos não costumam receber aplausos. É consensual que é imoral destruir os bens dos pobres (já restrinjo as vítimas aos pobres para ser mesmo consensual). Acontece, porém, que parte da opinião pública pode tornar-se manicómio se der jeito a alguns pedaços de asno. Sendo a culpa sempre da sociedade, arranja-se uma razão para que Ali, de 17 anos, queime o velho Simca de Hassan, de 38, trolha. Não se esqueçam do lamiré do poeta: "Dizem que o rio é violento, mas ninguém fala da violência das margens que o oprimem." Procurem-se, pois, as margens.
Em Outubro de 2005, o ministro do Interior Sarkozy foi a Argenteuil, nos subúrbios de Paris. Por acaso, nesses dias havia uma polémica em França sobre o voto dos imigrados e o campeão desse direito era Sarkozy. Mas esqueçam, não dá jeito. O ministro ia a pé e um grupo de jovens atirou-lhe pedras. Azar, ele não é cobarde. Em 1993, um bombista sequestrou vários miúdos numa escola primária. Sarkozy era porta-voz do Governo mas exigiu ser ele a ir parlamentar com o terrorista. Entrou na escola e libertou alguns reféns. História montada? Perguntem ao terrorista, que foi abatido pela polícia.
Bom, Argenteuil... Sarkozy passa por um prédio. Do 2.º andar, uma árabe grita-lhe: "Acabe com esta canalha." O ministro levantou a cabeça e disse: "Ah, está farta desta canalha?! Vou livrá-la dela." Não é isso a função do patrão dos polícias? Pois os pedaços de asno de todo o mundo colaram a Sarkozy esta versão: ele chamou canalhas aos jovens árabes. Perante a violência da margem, o rio da banlieue tornou-se violento, pôs- -se a queimar carros.
E foi assim que nos apresentaram Sarkozy. Fascista, racista. Se eleito, ele iria cuspir nos imigrados... Como um mandato é por cinco anos, os aldrabões adiariam a prova: vão ver, vão ver... Acontece que Sarkozy, entre os famigerados defeitos que tem, trabalha rápido. Balanço da 1.ª semana: o fascista deu como exemplo aos liceais um jovem herói comunista fuzilado pelo nazis; retrógrado, o seu Governo tem metade mulheres; sectário, nomeou vários socialistas; racista, fez porta-voz a ministra da Justiça, uma árabe. Os pedaços de asno tinham razão em não gostar dele. Sarkozy é um perigo para os pedaços de asno.
(Crónica de Ferreira Fernandes, in DN)

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19.5.07

Mas o que é isto?!

A notícia vem no Público. E junta-se a outros factos preocupantes. Primeiro, foi a publicação do livrinho onde se aconselha o funcionário público a denunciar o colega de secretária por suspeitas de corrupção ( Ai a inveja...essa velha "instituição" portuguesa...); depois, a intenção do governo em saber o número de grevistas, por exemplo, através da implementação de uma base de dados electrónica. Agora, a supensão de um colega de Inglês por ter brincado com o nome do nosso primeiro a propósito da licenciatura do famoso engenheiro.
Haja decoro e direito à indignação!

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As eleições em Lisboa

O marca/desmarca das eleições para a Câmara Municipal de Lisboa assemelha-se a uma tragicomédia. A zelosa governadora civil, infringindo a lei e quase impedindo, em tempo útil, a apresentação de candidaturas independentes, marcou as eleições para 1 de Julho. Ainda bem que, neste caso, um órgão judicial, o Tribunal Constitucional, veio repor a legalidade e considerou nula essa decisão. A estrutura aparelhística do PS e PSD perdeu.

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Os números do desemprego

A propaganda é um meio quase sempre eficaz para esconder os fracassos. Não me admira, por isso, que se tenha recorrido ao velho truque para iludir a opinião pública com os números do desemprego. E essa manipulação não foi ingénua, como nunca é. O governo sabia, com toda a certeza, os números que estavam para ser anunciados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Devastadores para a sua imagem. A taxa de desemprego iria atingir os 8,4%, a mais alta dos últimos 20 anos, o número de desempregados estimado em 470 mil.
Perante isto, que fez o governo? Antecipou-se e, servindo-se de dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), referiu um decréscimo anual de 10,4%, estimando o número de desempregados em 420 mil.
De há muito que a credibilidade e independência do INE é reconhecida; o mesmo não posso dizer do IEFP. Por conhecer pessoas que trabalham neste último instituto, sei das enormes pressões a que os seus dirigentes estão sujeitos para apresentarem números mais cor de rosa. Cada um que retire as conclusões que entender. E fique com a "verdade"que lhe parecer mais politicamente correcta.
Acrescento apenas mais um facto. Não deixa de ser curioso que o patrão dos patrões, Francisco Van Zeller, tenha vindo à televisão defender tão acerrimamente os números do IEFP.

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18.5.07

O senhor Sá Fernandes

Afinal o homem tem uma boa retaguarda. Onze assessores é muita coisa. Ainda por cima sem qualquer pelouro atribuído. Percebe-se agora por que razão passa a vida a vociferar contra tudo e contra todos. Deve mandá-los todas as manhãs vasculhar as ruas e ruelas de Lisboa à procura de uma obra sem licenciamento, duma rua mais inclinada. O que espanta nestes senhores é a lábia com que pregam a moralização da vida pública e, no fim de contas, têm tantos ou mais telhados de vidro que os outros. A notícia pode ser lida aqui.
Definitivamente, a vida política portuguesa está ao nível da sarjeta.

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16.5.07

A crónica de B.B.

"Espavorido, Marques Mendes fez, há dias, uma alarmada declaração ao País: "O PS está à direita do PSD!" A coisa só pode ser grave e surpreendente para o próprio Marques Mendes, político gentil e, aparentemente, alheado da recente História pátria. O PS sempre alimentou a nossa inocência, comovendo-nos com a incessante litania da esperança. Quando os seus militantes atroavam as ruas, gritando a idílica frase "Partido Socialista, partido marxista!", ignoravam, com idêntico ardor, o exacto significado do que diziam."
Para ler todo o texto, siga a ligação.

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As eleições em Lisboa

Parece que a grelha de partida está pronta. As eleições para a Câmara Municipal de Lisboa já mexem, os partidos políticos apresentam os candidatos. Numa primeira análise, o PS aposta forte e é o que mais arrisca. Joga um nome com enorme peso político, António Costa. Será que Sócrates se quis ver livre dele no Governo e o deita à fogueira nestas eleições autárquicas? Não me repugna a ideia, sabendo como o primeiro-ministro quer o palco todo para ele. Mas uma espécie de PS, versão 2, pode estragar os cálculos aos estrategas do partido. A candidatura de Helena Roseta vai fazer estragos, e de que maneira, no eleitorado de esquerda. Voluntarista, mas competente; lutadora, mas também demagógica quanto baste, pode contribuir para a não-vitória de António Costa.
O PSD, com as trapalhadas que vêm do tempo de Santana Lopes, vai perder a Câmara. Embora tenha escolhido um nome com alguma notoriedade, Fernando Negrão não tem qualquer empatia junto do eleitorado social-democrata, falta-lhe carisma e rasgo para inverter a péssima imagem que o partido deixa na autarquia.
Quanto aos outros candidatos, são figuras menores em termos de votação, mas com um passado de competência (Ruben de Carvalho) ou mediáticas como Sá Fernandes. Do CDS, ainda nada se sabe, a não ser que Paulo Portas irá continuar pelas feiras, debitando demagogia e esganiçando a voz quando for preciso.
Finalmente, irá Carmona candidatar-se e arriscar uma votação humilhante? Saber-se-á nos próximos tempos.
Uma quase certeza tenho. A não acontecer nada de extraordinário, a Câmara Municipal de Lisboa vai ficar ingovernável nos próximos dois anos.

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14.5.07

Ai que lindos!

A hipocrisia na política é, infelizmente, uma imagem de marca. Mas há uns que tentam passar uma seriedade a toda a prova. Eles são impolutos, defensores de causas nobres, sempre, sempre ao lado dos trabalhadores, contra o fascismo e outras balelas com que enganam os incautos e os pobres de espírito. Mas criticá-los é ser de "direita", "parece mal", "ai que reaccionário". Mas um dia o verniz estala e aquilo que parecia sério não passa de uma farsa.
Não admira, por isso, a notícia trazida hoje no Correio da Manhã, respeitante à Câmara Municipal do Barreiro, governada pelo PCP, escondido na sigla CDU.
Em assesssores, gastou esta autarquia mais de 153 mil euros, o triplo que investiu em habitação social. Só em Janeiro de 2006 contratou 4 assessores a ganharem 3mil euros por mês, mais do que um professor no 10º escalão, último a que os professores até há pouco podiam aceder. Isto é, um qualquer badameco com cartão partidário consegue auferir vencimento superior a um educador que dedicou toda a vida ao ensino. Só esta comparação serviria para demonstrar em que país vivemos.
Até o coitadinho do engenheiro António Abreu lá encontrou guarida. E pasme-se na justificação encontrada: Segundo fonte da autarquia, António Abreu terá sido contratado para “fazer algum controlo político” ao trabalho de Regina Janeiro que, segundo consta, “tem tido alguma dificuldade e pouca capacidade de resposta” ao cargo que ocupa. Ainda de acordo com a mesma fonte, para exercer estas funções, o engenheiro estará a receber “por volta de 3500 euros”.
Serão precisas mais palavras para os mandar todos para a puta-que-os-pariu???

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13.5.07

Aquilino Ribeiro

Abri agora a edição on-line do DN. E a notícia de abertura provocou-me calafrios e revolta. Aquilino foi um terrorista! Nem li tudo. Basta o título para uns quantos imbecis denegrirem (tentarem) o nome do homem de letras e beirão dos quatro costados que foi Aquilino Ribeiro, o "meu" Aquilino das terras do demo. Segundo a notícia, uma petição corre pela net para impedir que os restos mortais do insigne escritor sejam trasladados para o Panteão Nacional. E um dos subscritores é professor de filosofia. O que me consola é que há outros colegas que pensam o contrário. Não é, caro Jerónimo? Dia 27 de Maio lá estaremos, na Lapa do Malhadinhas para lhe prestarmos a homenagem devida.

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Citação

"Os Deuses são a encarnação do que nunca podemos ser."

Fernando Pessoa/Bernardo Soares, in Livro do Desassossego

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Comunicação Social e Estado

O assunto é já recorrente, mas vale sempre a pena constatar as evoluções e "nuances" que vai tomando, conforme os interesses em jogo. Os governos, todos eles, têm uma apetência doentia pelo controle da informação nos orgãos de comunicação social. Quando esses orgãos se encontram na mão do Estado, maior a pressão. Pretendendo dar uma ar de modernidade à coisa e passar para a opinião pública uma imagem de imparcialidade, criou-se uma entidade reguladora(ERC). Desconfio sempre quando um qualquer tentáculo do Estado se intromete na linha editorial de um jornal, TV ou rádio. Joga-se com a "imagem"cada vez mais; se esta passar por ser "independente" e "objectiva", tanto melhor. Não deixa, por isso, de ser preocupante, mas esclarecedor, o texto que Ricardo Costa (SIC) escreveu no Diário Económico.
Deixo aqui um pequeno excerto.
  • "Ora, a ERC colocou esse documento ‘on-line’ e diz “preto no branco” quantas notícias é que a RTP1, RTP 2 e RTPN devem dar sobre o governo e o PS! Sim, estão a ler bem. Se algum leitor conhecer alguém que trabalhe com o Mugabe ou o Chávez mande-lhe o ‘link’ com o ‘site’ da ERC. Eles vão adorar. E vão adorar porque a ERC defende que o Governo e o Partido Socialista devem ter, tendencialmente, 50% (cinquenta por cento) das notícias políticas dos noticiários. Ou seja, 50 por cento das notícias políticas da RTP vão ser sobre o governo e o PS, que caso não saibam, são a mesmíssima coisa."

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12.5.07

Humor



(Recebida por mail. Um beijo à Madalena.)

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Prémio de Melhor Professor

Parece que chegou ao fim a 1ª edição do Prémio Melhor Professor, instituído por essa ocupante do ministério da educação. Num universo de mais de 150 mil professores, não resistiram ao encanto trinta e cinco. Dividiam o prémio entre todos, ainda dava para uns tremoços e umas cervejas.

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11.5.07

O legado de Blair

Como tem sido noticiado, Tony Blair, primeiro-ministro inglês, prepara-se para abandonar o poder, após dez anos no cargo. Habituados a mudar de governo com algumas frequência, vivendo em democracia há apenas 33 anos, os portugueses convivem mal com legados tão longos. Coisa habitual por essa Europa fora. A modernidade e maturidade duma democracia também se avaliam por estes factos.
Os mandatos de Blair estão marcados por acontecimentos de sinal contrário. Um deles ressalta aos olhos da opinião pública: o apoio e a participação na guerra no Iraque. Esta imagem nunca se apagará da memória colectiva. Mas julgo ser redutor e demasiado simplista fazer um balanço dos seus governos, valorando este facto e esquecendo outros que marcam uma época.
Não se pode, por exemplo, esquecer o acordo de paz conseguido para o Ulster que se concretizou agora na constituição de uma governo de unidade nacional, onde católicos e protestantes têm sabido conviver.
No plano económico, afinal um factor decisivo na satisfação das pessoas, são relevantes as políticas e os resultados conseguidos. Não podem ser esquecidos os seguintes dados:
  • 40- quarenta- trimestres consecutivos de crescimento económico, o período mais longo desde a II Guerra Mundial;
  • por uma única vez, este crescimento económico foi inferior à média da zona Euro;
  • descida da taxa de desemprego de 6,8%, em 1997, para 4,8% em 2007.

Estes dados têm o valor que têm. Podem ser interpretados de maneira diferente. Podem ter gerado, ou mantido, desigualdades sociais. Nós, portugueses, não podemos nem devemos esquecê-los, já que vivemos "nesta apagada e vil tristeza", cada vez mais afastados dos níveis dos países europeus, com crescimentos económicos ridículos, em alguns anos até negativos, quando deveríamos estar a crescer muito mais que os países desenvolvidos. Uma certeza tenho: sem crescimento económico sustentado não se pode dividir coisa nenhuma, mesmo que essa repartiçao não seja a mais justa.

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10.5.07

Timor

Após a presidência de Xanana Gusmão, talvez a figura mais emblemática de Timor-Leste, o novo país conhece hoje o seu substituto. Ainda à procura do seu caminho e a dar os primeiros passos como nação livre e independente, saúda-se a escolha de Ramos-Horta como previsível vencedor das eleições presidenciais. Diplomata experiente, conhecedor dos corredores da política, respeitado nos vários foruns internacionais, espera-se que o Presidente eleito pacifique o território e saiba aproveitar os recursos de que dispõe, sobretudo os humanos, para levar a bom porto a paz e o progresso ao sacrificado povo timorense. Há uns anos, em 1990, o grupo português Trovante compôs uma canção de homenagem aos timorenses e à persistência da sua luta. Aqui se deixa a letra e a canção.
Ai Timor
Luis Represas
Composição: João Monge/João Gil
Lavam-se os olhos, nega-se o beijo
Do labirinto escolhe-se o mar
No cais deserto fica o desejo
Da terra quente por conquistar
Nobre soldado que vens senhor
Por sobre as asas do teu dragão
Beijas os corpos no chão queimado
Nunca terás o nosso perdão
Ai Timor
Calam-se as vozes
Dos teus avós
Ai Timor
Se outros calam
Cantemos nós
Salgas de ventres que não tiveste
Ceifando os filhos que não são teus
Nobre soldado nunca sonhaste
Ver uma espada na mão de Deus
Da cruz se faz uma lança em chamas
Que sangra o céu no sol do meio dia
Do meio dos corpos a mesma lama
Leito final onde o amor nascia


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8.5.07

A criança inglesa raptada

Tem merecido abertura de telejornais e largo destaque na imprensa o caso da pequena inglesa, supostamente raptada no Algarve. Bem sei que Portugal é um país com algumas dificuldades na área da investigação criminal, mas julgo que as autoridades britânicas estão a ser algo injustas. Se o empreendimento turístico até é de um britânico, se os pais da criança, irresponsavelmente, a deixaram a dormir em casa, quando foram jantar, as culpas agora são das polícias portuguesas que, ao contrário da inglesa, privilegia, em casos similares, um verdadeiro show off, no relacionamento que tem com os media?! Seria de bom tom que a imprensa inglesa destacasse a irresponsabilidade dos pais, em vez de criticar tanto as autoridades portuguesas.

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O aluno é que paga

Tenho alguns alunos a frequentar o 12º ano de escolaridade que completaram, no ano transacto, com aproveitamento, a disciplina de Física e Química. Como a classificação final não correspondeu às suas expectativas, foi autorizada a sua inscrição, este ano, em turmas do 11ºano, com o objectivo de a melhorarem. Chegou-lhes agora a informação, com esclarecimento do ministério da educação, que a sua matrícula era ilegal e que, se pretendessem uma melhoria de nota, deveriam anular a matrícula e propor-se a exame nacional.
Causa-me alguma admiração tal procedimento. Em 1º lugar, porque se era ilegal a sua inscrição, deveriam ser avisados desde início; em 2º lugar, e talvez mais grave, o facto de a lei ser injusta para quem pretende valorizar-se e obter uma melhoria no seu aproveitamento. Recordo, além do mais, e julgo não estar errado, que, não há muito tempo, era permitida a matrícula a alunos para melhoria de classificação. Não quero atribuir culpas a este ministério, mas é verdade que me causa alguma revolta tal facto.

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6.5.07

Dia da mãe

Em homenagem a todas as mães, deixo um belo poema de Eugénio de Andrade, Poema à Mãe, declamado pela voz de Ruy de Carvalho.

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A anedota.

Há uns anos, ainda num dos governos de Cavaco, um secretário de estado, Carlos Borrego, teve um tirada de mau gosto a propósito da água contaminada num hospital de Évora. Foi demitido. Bem sei que não são casos comparáveis, mas o que se passou com o ministro das obras públicas, Mário Lino, no recente congresso da região Oeste, mostra a que ponto chegou a política em Portugal.
Glosando o tema da licenciatura de Sócrates, o referido ministro afirmou, em tom jocoso, que ele, sim, era engenheiro civil. Para gáudio da plateia. Não se sabe a reacção do visado, mas, pelo menos, um sorriso amarelo deve ter aflorado na face angelical do nosso primeiro. A notícia pde ser lida aqui.

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5.5.07

Coitado do Rei Leão!

Ainda criticam o conservadorismo do papa Bento XVI!!! Este é pior que os ayatolas ou lá que o que isso é.

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Definições de sexo!

  • Segundo o médico…..é uma doença porque acaba sempre na cama;
  • Segundo ao advogado….é uma injustiça porque há sempre quem fique por baixo;
  • Segundo o engenheiro…é uma máquina perfeita porque é a única em que se trabalha deitado;
  • Segundo o arquitecto…é um erro de projecto porque a área de lazer se encontra próxima da área de saneamento;
  • Segundo o político …é um acto de democracia porque todos gozam independentemente da posição;
  • Segundo o economista…é um desajuste porque entra mais do que sai e nem sempre se sabe o que é activo ou passivo;
  • Segundo o revisor de contas…é um acto perfeito: põe-se o bruto, faz-se o balanço; tira-se o bruto, fica o líquido. E ainda se podem retirar dividendos;
  • Segundo o matemático….é uma perfeita equação. A mulher põe entre parêntesis, eleva o membro à sua máxima potência, extrai-lhe o produto, reduzindo-o à mínima expressão;
  • Segundo o psicólogo…é uma foda!

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4.5.07

Portas na Madeira

"Paulo Portas foi à Madeira e disse: "Nós acreditamos no valor trabalho. Nós acreditamos que o trabalho liberta." Foi um escândalo! Porquê, o trabalho não é um valor? Porquê, o trabalho não é aquilo com que todos, com a excepção dos felizes herdeiros, se afirmam e libertam?. Não, a discussão não foi por aí, estamos em Portugal. O saber colado a cuspo é o que impera e logo muitos se lembraram do que viram em filmes."

Crónica de Ferreira Fernandes no DN. A ler aqui.

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Portugal de A a Z

O retrato de um certo Portugal. A não perder. Via Corta-fitas.

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Livro do Desassossego

" Hoje sou ascético na minha religião de mim. Uma chávena de café, um cigarro e os meus sonhos substituem bem o universo e as estrelas, o trabalho, o amor, até a beleza e a glória.Não tenho quase necessidade de estímulos. Ópio tenho-o eu na alma.
Que sonhos tenho? Não sei. Forcei-me por chegar a um ponto onde nem saiba já em que penso, com que sonho, o que visiono. Parece-me que sonho cada vez de mais longe, que cada vez mais sonho o vago, o impreciso, o invisionável."
Fernando Pessoa/Bernardo Soares, in Livro do Desassossego

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O caso Carmona

Já aqui se disse que a atitude mais correcta, no caso da Câmara Municipal de Lisboa, seria a demissão do seu Presidente. Ainda para mais depois da atitude de Marques Mendes em lhe retirar a confiança política. Carmona respondeu...mal. Se em termos legais, tem toda a razão, ninguém deve ser condenado pelo simples facto de ser arguido, em termos políticos a situação é confrangedora. Sem maioria absoluta, com a imagem minada pelos sucessivos escândalos em que se envolveram outros vereadores, o caminho mais correcto seria a demissão do elenco municipal. E não é de desvalorizar o facto de se tratar da Câmara da capital. Mais agrava a situação. Carmona escolheu uma atitude voluntarista. Ao desafiar tudo e todos, vai ter um fim pouco digno e sair pela porta pequena.
Já Marques Mendes tem mantido alguma coerência, pelo menos nos casos mais mediáticos, seja em Gondomar, em Oeiras e, agora, em Lisboa.
Já o mesmo não se pode falar de um outro caso, também grave, também envolvendo uma Câmara de forte dimensão política. Em Setúbal, a Presidente e alguns vereadores são também arguidos. O que fez o PCP? Em comunicado, ataca tudo e todos, quase chega a insinuar a existência de uma cabala, e defende, com unhas e dentes, a inocência (também política...) da autarca que, num golpe palaciano e de contornos nebulosos, enviou, primeiramente, o antigo Presidente, Carlos Sousa, para a berma, e agora se escuda nos camaradas de partido. E que posição tomou a Presidente da Assembleia Municipal, esse exemplo de coerência, que dá pelo nome de Odete Santos? Então aqui já não se pede também a demissão deste orgão?

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1.5.07

Notas Breves

  • Segundo o jornal Público, a Procuradoria-Geral da República vai abrir uma investigação à licenciatura de José Sócrates. Finalmente.
  • O Chelsea de Mourinho vai disputar hoje, ao final da tarde, o acesso à final da liga dos campeões. Sempre vibrei com os êxitos do treinador na equipa inglesa. Hoje quero que perca. A arrogância e o não saber perder têm limites.
  • Quando é que Carmona Rodrigues se demite? E a Presidente da Câmara de Setúbal? A política portuguesa provoca vómito.
  • A inefável Ségolène Royal quer ser Presidente da República da França. Nem que venda a alma (socialista?) ao diabo. Depois de admitir que o "centrista" Bayrou seria um bom primeiro-ministro, vem agora falar no nome do socialista Strauss-Kahn.
  • Segundo noticia a imprensa, a Câmara Municipal de Aveiro tem uma dívida de 250 milhões de Aveiro, vinda do executivo anterior. Só os encargos com a banca atingem mais de um milhão de euros/mês. Onde se inclui a construção do Estádio Municipal para o Euro 2004. E ainda queriam uns pseudo-iluminados que se construísse um estádio para o Euro em Viseu. Para jogar nos distritais.

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Humor à portuguesa



(Recebida por mail. Obrigado pn)

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